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Maia encerra sessão sem votar cadastro positivo

Como a oposição está em obstrução desde a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo não tem conseguido uma margem segura para colocar o texto em votação

Por Isadora Peron
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a sessão do plenário na madrugada desta quinta-feira, 26, sem votar o projeto que altera o cadastro positivo, considerado uma das principais medidas do Banco Central na área de crédito.

O presidente da Camara dos Deputados, Rodrigo Maia participa de sessao solene em homenagem postuma a Luís Eduardo Magalhaes, no plenário da Camara dos Deputados. Foto: FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

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Durante a sessão, líderes da base mobilizaram os deputados e começaram a fazer contas para ver se haveria o número necessário para aprovar a proposta. Por se tratar de um projeto completar, a matéria tem que ser aprovada pela maioria absoluta da Casa, isto é, 257 parlamentares.+ Votação de reoneração ainda depende de acerto entre governo e Câmara, diz relator

Como a oposição está em obstrução desde a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo não tem conseguido uma margem segura para colocar o texto em votação.

MP

Antes de encerrar a sessão, o plenário da Câmara aprovou a medida provisória 809, que autoriza o ICMbio, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, a selecionar sem licitação um banco público para criar e gerir um fundo formado pelos recursos arrecadados com a compensação ambiental.+ Em quatro horas de tentativa de votação, Câmara consegue aprovar apenas texto-base da MP 809

O fundo vai financiar unidades federais de conservação, como parques nacionais, reservas biológicas e áreas de proteção ambiental (APAs). A MP segue agora para o Senado.

Corte de salário

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Sem conseguir votar matérias importantes para o governo, o presidente da Câmara, Maia ameaçou descontar o salário dos deputados da oposição que estão em obstrução e tentam impedir o andamento dos trabalhos na Casa desde a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 7.+ Maia ameaça cortar salário de deputados que estão em obstrução desde a prisão de Lula

O argumento dos deputados em obstrução, liderados pelo PT, é que o País passa por uma crise política e institucional desde a prisão do ex-presidente, e a pauta do Congresso não pode seguir normalmente, como se nada estivesse acontecendo.

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