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Maioria da bolsas na Ásia recua após novo caso de ebola nos EUA

Estados Unidos confirmaram que um médico norte-americano que retornou a Nova York vindo da África Ocidental contraiu a doença

Por Agência Estado e Reuters
Atualização:
Às 7h55 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico recuava 0,03% Foto: Yuya Shino/Reuters

A maioria das bolsas asiáticas fechou em queda nesta sexta-feira, 24, enquanto ativos considerados porto seguro como o iene e títulos dos Estados Unidos subiram. A cautela ocorreu após um médico norte-americano que retornou a Nova York vindo da África Ocidental testou positivo para ebola. Além disso, o mercado asiático sofreu impacto de dados preocupantes do setor imobiliário chinês e da expectativa com a publicação do resultado do teste de estresse com bancos europeus.

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Ontem à noite, foi confirmado que Craig Spencer, um médico de 33 anos que retornou a Nova York após tratar pacientes com ebola na África Ocidental, está infectado com o vírus da doença. Autoridades locais fizeram um apelo aos nova-iorquinos que não fiquem alarmados com a notícia.

Às 7h55 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão recuava 0,03%, embora o índice Nikkei do Japão ter contrariado a tendência e avançado 1,01%, puxado por ganhos em companhias farmacêuticas. 

"Justamente quando os mercados conseguiram algum alívio sobre a economia mundial, recebemos estas notícias. Obviamente as pessoas que acabaram de fazer apostas de alta (sobre a economia) vão fechar suas posições, já que ninguém é capaz de dizer exatamente o que vai acontecer", disse o chefe de negociação cambial da unidade de Tóquio de um banco ocidental.

O primeiro caso diagnosticado de ebola no centro financeiro mundial de Nova York fez com que investidores corressem para ativos tradicionalmente considerados seguros. Os preços de ativos de risco haviam avançado na quinta-feira após resultados corporativos positivos e dados econômicos sólidos nos EUA e avanço inesperado na confiança empresarial na zona do euro terem ajudado a aliviar preocupações de que a economia mundial está perdendo ímpeto.

O ambiente de cautela na Ásia também foi alimentado pela expectativa antes da divulgação, no domingo (26), do teste de estresse que o Banco Central Europeu (BCE) fez com bancos da zona do euro. Nos últimos dias, circularam rumores de que 11 bancos teriam sido reprovados no teste.

Na China, a primeira queda anual nos preços de moradias novas em quase dois anos também afetou o sentimento dos investidores nos mercados asiáticos. Em setembro, os preços de residências chinesas caíram 1,1% ante igual mês do ano passado, após subirem 0,5% em agosto. O recuo no confronto anual foi o primeiro verificado desde dezembro de 2012.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,1%, encerrando a sessão a 23.157,48 pontos, enquanto em Taiwan, o Taiex teve queda mais pronunciada, de 1,0%, a 8.646,01 pontos, após o governo afirmar que não pretende suspender um polêmico imposto sobre ganhos de capital oriundos de investimentos em ações.
O Xangai Composto, principal índice acionário da China continental, teve perda marginal de 0,01%, a 2.302,28 pontos, atingindo o menor nível desde 22 de setembro. Na semana, o Xangai acumulou desvalorização de 1,7%, após o recuo de 1,4% visto na semana anterior. Em outubro, o índice chinês mostra queda de 2,6%, indicando que poderá ter o primeiro resultado mensal negativo em seis meses.
Por outro lado, o Shenzhen Composto, que acompanha empresas chineses menores, subiu 0,1%, a 1.296,64 pontos.
Entre bolsas menores na Ásia, o índice Kospi perdeu 0,31% em Seul, a 1.925,69 pontos, após dados mistos do Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul, enquanto o filipino PSEi cedeu 0,2%, a 7.103,55 pontos, e o FTSE Straits Times, de Cingapura, caiu 0,43%, a 3.222,55 pontos.
Contrariando a direção vista na Ásia, a Bolsa de Sydney fechou em alta na Oceania. O S&P/ASX 200, índice das ações mais negociadas no mercado australiano, subiu 0,54%, a 5.412,20 pontos. 

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