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Maioria dos analistas aposta na manutenção dos juros hoje

Veja, abaixo, um índice de notícias sobre o que se espera da decisão de hoje do Copom.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Conselho de Política Monetária (Copom) anuncia hoje à tarde sua decisão sobre a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, hoje em 26,5%. A quinta reunião do Copom no governo Lula se realiza sob uma pressão nunca vista antes, com economistas ligados ao governo, parlamentares e até o vice-presidente da República discursando todos os dias pedindo a redução de juros ? que era uma das promessas de campanha. Embora a maioria dos analistas aposte na manutenção da Selic, o leque de sugestões para o Copom de maio mostra-se bastante variado. Além de uma possível introdução do viés de baixa, a redução da alíquota do compulsório, atualmente em 60% sobre os depósitos à vista, como forma de aliviar o arrocho da política monetária, foi citada por alguns dos 25 economistas e analistas ouvidos pela Agência Estado. Para o economista-chefe do Banco Santander, André Loes, o forte componente inercial e o elevado patamar dos núcleos de inflação recomendam a manutenção da taxa de juros. "Sempre fui defensor de taxas de juros mais baixas. Mas quando o juro está alto, torna-se menos sensível a cortes pequenos", afirma Loes. Por isso, diz ele, há grande chance de redução do compulsório agora. Esta medida também foi lembrada pelo economista-chefe do Banco Santos, Marco Maciel. Ele espera que o BC mantenha a taxa de juros inalterada em 26,5% ao ano, sem viés, mas acredita que haja espaço para redução do juro básico ou de diminuição do compulsório. O economista Aquiles Mosca, da ABN Asset Management, acredita que esta sinalização poderá vir de forma implícita, pelo discurso mais flexível do conteúdo da ata do Copom, na semana que vem, ou pela redução da alíquota do Compulsório. O diretor de Asset Management do banco italiano BNL do Brasil, Cláudio Lellis, também considera ser possível que o BC opte por reduzir a taxa do compulsório. Ele diz ser contra a política de juros altos e que o BC não deveria ter deixado a Selic ter chegado onde chegou, uma vez que a inflação brasileira decorre de custos e não de demanda. "Mas já que elevaram os juros, o melhor neste momento é que ele seja mantido para acalmar o lado externo. Depois poderão ser feitos cortes mais significativos, de 2,5 a 3 pontos porcentuais. Mas acho que agora a taxa do compulsório poderia ser reduzida", afirma o diretor do BNL. Leia mais sobre o que se espera da decisão de hoje sobre os juros: »Juros vão cair, mas não a partir de hoje, diz Raul Veloso »Juros serão mantido em 26,5%, prevê Federação do Comércio »Juros devem ficar onde estão, diz professor Affonso Celso Pastore »Para o mercado, corte dos juros virá no máximo em junho »Toninho Trevisan critica a defesa dos juros altos pelo governo »Debate sobre juros deveria ser mais abrangente, diz Pedro Malan »Importante é o controle da inflação, diz secretário do Tesouro »Tem gente demais falando sobre juros, diz FHC

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