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Maioria não acredita na permanência de Fraga, mostra enquete

O próprio Fraga não quis comentar nada sobre os boatos e as informações sobre sua permanência ou não no BC. E veja também como foi a reação imediata dos mercados à garantia dada por José Dirceu de que Fraga não fica.

Por Agencia Estado
Atualização:

Enquete realizada pelo site AE Financeiro , sobre a possibilidade de Armínio Fraga ser mantido na presidência do Banco Central no governo Lula, revelou que 52,6% dos participantes não acreditam nisso, embora torçam para que aconteça. As outras alternativas apresentadas pela sondagem mostram que apenas 21,1% dos que votaram apostam que Fraga permanecerá à frente do BC, enquanto 26,3% optaram pela terceira alternativa: ?Auem tem Palocci não precisa de Fraga?. A enquete, que não tem valor científico, foi realizada entre 10h30 e 11h30, dedicada exclusivamente aos assinantes do AE-News/Broadcast. O próprio Fraga não comenta nada O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e o diretor de Política Monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo, deixaram no início da tarde o Ministério da Fazenda, onde participaram de reunião com a missão do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em resposta à pergunta de jornalistas, se concordaria em ficar no governo por seis meses, Fraga apenas sorriu. Ele também respondeu com um outro sorriso quando foi perguntado sobre o prognóstico da decisão do Copom que inicia daqui a pouco a segunda parte da reunião mensal iniciada ontem. Mercado tem rápida reação A declaração do presidente nacional do PT , José Dirceu, que negou com firmeza as notícias de que Lula manteria Armínio Fraga na presidência do BC, provocou reação rápida e imediata nos mercados. Durante toda a manhã, o mercado operava otimista com o sucesso do encontro entre Antônio Palocci e os técnicos do FMI ontem e com a informação de que Fraga poderia permanecer no BC durante os primeiros seis meses do governo petista. A declaração de Dirceu desagradou aos investidores e o dólar, que operava em queda, reverteu a trajetória para bater máxima de R$ 3,56, com alta de 0,14%. No momento imediatamente posterior à declaração do presidente do PT, a taxa de juros futuro também foi elevada e a bolsa recuou. Porém, passados alguns minutos, o mercado dava sinais de que o impacto dessa informação pode não durar muito e ainda está sendo avaliado pelos players. Por volta das 13h30, o dólar era cotado a R$ 3,549, com queda de 0,17%, depois de ter batido mínima de R$ 3,487. A Bolsa de Valores de São Paulo registrava queda de 0,60%. A taxa de juros de abril estava em 25,28% depois de ter atingido 25,40%. Ontem a taxa fechou em 25,37%. No Exterior, o C-Bond, o título mais negociado da dívida brasileira, recuou 1%, do nível de 61,625 centavos por dólar para até 61 centavos por dólar, após José Dirceu ter negado notícias de que Fraga seria mantido na presidência do BC. A 61 centavos por dólar, o C-bond apresentava queda de 0,61% do fechamento. A 61,625 centavos por dólar, o papel subia 0,40% do fechamento. O nível, em que o C-Bond vinha antes da declaração de Dirceu, já era inferior às máximas do dia, por conta de realização de lucros. Nas primeiras horas desta quarta-feira, o C-Bond chegou a operar em 62,312 centavos por dólar (+1,52%).

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