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Mais de 500 mil caem na malha da Receita

Mais de 500 mil contribuintes do Imposto de Renda de Pessoa Física foram retidos em malha. A retenção aconteceu por erros de dados informados nas declarações. Contribuinte só terá certeza de que caiu em malha se não receber restituição.

Por Agencia Estado
Atualização:

Processadas 10,8 milhões de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2000 até agora, cerca de 567.000 contribuintes ficaram retidos em malha. Isto significa que erros foram encontrados nas declarações e parte destes contribuintes estarão sendo convocados para corrigir os dados declarados. A informação é do coordenador do Programa do Imposto de Renda, Luiz Carlos Rocha de Oliveira. "Desses contribuintes, cerca de 80% caiu em malha por erro de informação ou da fonte pagadora, ou por erro próprio", disse Luiz Carlos. Ou seja, a maioria são declarações em que os dados informados pelo declarante não batem com os números informados à Receita por seu empregador. O contribuinte que ainda não recebeu a restituição pode ter caído em malha ou não teve sua declaração processada até o momento. Neste ano, 12,3 milhões de pessoas entregaram declaração do IRPF. A Receita ainda tem, portanto, 1,5 milhão de declarações ainda a processar. O contribuinte só terá certeza de que caiu em malha se não tiver recebido sua restituição até o final do ano. Ainda há mais dois lotes regulares programados para este ano: um no dia 16 de novembro e outro no dia 15 de dezembro. Se o contribuinte não receber a restituição em nenhum dos dois próximos lotes, ele realmente caiu em malha. A partir de janeiro, a Receita começa a pagar lotes extraordinários de restituições, referentes às declarações que ficaram na malha mas tiveram seus erros corrigidos. Contribuinte pode ser convocado para esclarecer dados Mesmo que esteja na malha fina, o contribuinte não deve procurar a Receita, a menos que tenha sido convocado. Muitas vezes, a Receita resolve o problema consultando apenas a fonte pagadora. Para isso, a instituição depende do envio de informações por parte das empresas, o que nem sempre é rápido. Se é necessário esclarecimento por parte do declarante, então ele é convocado. O coordenador do Programa do Imposto de Renda explicou que o cruzamento de dados sobre a renda do empregado com sua fonte pagadora não tem o objetivo de apenas multar o contribuinte. Ele disse que, dessa forma, já foram detectadas fraudes como declarações falsas. "Os fraudadores pegavam laranjas, normalmente pessoas humildes, e forjavam uma declaração com informações falsas, com o objetivo de obter restituição", disse.

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