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Mais de dois terços dos setores foram afetados

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Por Redação
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A pressão de aumento do custo do trabalho acima da variação da produtividade afetou 12 dos 15 setores da indústria nos últimos 12 meses, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A situação mais complicada é a dos têxteis, cujas fábricas enfrentaram queda de 8,7% na produtividade e aumento de 2,9% no custo da folha de pagamento do trabalhador. "Somos uma indústria absolutamente competitiva dentro das fábricas, mas enfrentamos uma importação avassaladora de produtos asiáticos que recebem todos os subsídios possíveis para baratear preço e gerar emprego nos países de origem", diz Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções. Ele cita que exportadores chineses contam com 27 tipos de incentivos para baratear ainda mais o preço. "As medidas anunciadas pelo governo até agora mostram uma sensível preocupação com a desindustrialização e a redução dos empregos no País, mas ainda não são suficientes."No primeiro semestre de 2012, a importação de produtos do setor atingiu U$ 3,3 bilhões, 9,9% mais que em 2011. Desse total, o vestuário respondeu por US$ 1,1 bilhão, o que representa forte aumento de 39%. Segundo a Fiesp, os resultados negativos atingiram desde setores com maior intensidade tecnológica, como máquinas e equipamentos e meios de transporte, até segmentos ligados à disponibilidade de recursos naturais, como alimentos e bebidas e metalurgia básica.Entre os cinco setores com bom desempenho estão os fabricantes de madeira, cuja produtividade subiu nada menos que 12,8%. No setor de papel e gráfica, o ganho de produtividade foi de 7,6% e na indústria do fumo, de 7,1%. / M.R.

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