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Mais de mil remédios terão preços reajustados

Perdas no faturamento e crescimento dos genéricos levaram os laboratórios a reajustarem os preços de mil remédios. Os reajustes variam de 0,45% a 67,39%. O ministro José Serra qualificou os aumentos como abusivos.

Por Agencia Estado
Atualização:

A tentativa dos laboratórios de compensarem suas perdas para manter o faturamento resultou no aumento nos preços de mais mil remédios. O presidente do Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF), Antônio Barbosa, explicou que, com o aumento da procura dos remédios genéricos e similares, a indústria multinacional tem perdido venda e a reação veio como forma de reajuste de preços. Os reajustes, que serão efetuados à partir de amanhã, variam de 0,45% a 67,39%. "Este aumento de preços em bloco é uma reação dos laboratórios contra a queda nas vendas e o crescimento do mercado de genéricos", afirmou Barbosa. O CRF-DF divulgou a lista dos medicamentos que sofrerão reajustes, entre eles estão remédios importantes como: o analgésico e antitérmico Novalgina, que sofrerá aumento de 7,60%; o analgésico Aspirina, que subirá em 13,47%; a pomada Omcilon-A, 7,91%: o antidepressivo Lexotan, que sofrerá aumento de 7,98% e o descongestionante Naldecon com reajuste de 8,53%. Os maiores aumentos, segundo a pesquisa do CRF-DF, serão do Ácido Acetil Salícilo (67,39%), Metubol (52,11%) e no colírio Filmcel (20,33%). O menor reajuste acontecerá no preço do medicamento Aplicav, que aumentará 0,45%. Serra declara que reajuste de remédio é abusivo O ministro da Saúde, José Serra, qualificou como abusivos os reajustes previstos para amanhã. Ele conclamou a população a boicotar esses medicamentos, se efetivamente reajustados, e advertiu que os abusos poderão ser punidos com pesadas multas, porque não há justificativas para os reajustes. Hoje mesmo, os ministérios da Saúde e da Justiça enviaram telegramas aos 22 laboratórios que anunciaram esses reajustes, afirmando que os consideram "abusivos e injustificáveis". "Advertimos os reajustes, por não encontrar fundamento na realidade econômica e mercadológica atual, devem ser imediatamente revistos", dizia parte do documento.

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