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Mais estímulo do Fed à economia só faria a inflação subir, diz Lacker

Na última reunião de política monetária, presidente do Fed de Richmond foi o único a votar contra a decisão de prorrogar a Operação Twist, que procura baixar as taxas de juro de longo prazo

Por Renato Martins e da Agencia Estado
Atualização:

WASHINGTON - O presidente do Federal Reserve Bank de Richmond, Jeffrey Lacker, disse que novas medidas do Fed para estimular a economia norte-americana provavelmente não fariam mais do que pressionar a inflação para cima. Falando em entrevista à Fox Business Network, Lacker afirmou que "mais estímulo neste ponto provavelmente só elevaria a inflação".

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Na reunião de política monetária realizada na semana passada, o presidente do Fed de Richmond foi o único dos 12 participantes a votar contra a decisão de prorrogar a Operação Twist, pela qual o Fed procura fazer baixar as taxas de juro de longo prazo. Lacker reconheceu que a recuperação da economia perdeu fôlego nos últimos meses, mas ressalvou que não é "ponto pacífico" que o Fed pretenda adotar uma terceira rodada de relaxamento quantitativo da política monetária em sua próxima reunião. "Isso vai depender de como sairão os indicadores."

Ele também mostrou ceticismo quanto à capacidade do Fed de estimular a economia por meio da expansão de sua carteira de bônus. "Os impedimentos ao crescimento são coisas que a política monetária não é capaz de contrabalançar. Se a inflação caísse de modo sustentado e precisássemos estimular inflação, eu seria favorável a estímulo monetário", afirmou Lacker.

Sobre o recuo recente da inflação, atribuído á baixa dos preços do petróleo e dos combustíveis, Lacker disse acreditar que essa tendência seja temporária e que a inflação deverão voltar em breve para algo em torno da meta do Fed, de 2%. Para ele, o momento correto de passar a elevar as taxas de juro de curto prazo provavelmente será o fim de 2013, dependendo de como a economia se comporte. Ele descreveu a atual recuperação como "caracterizada por oscilações entre um crescimento mais forte e níveis muito mais decepcionantes de crescimento".

As informações são da Dow Jones

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