PUBLICIDADE

Publicidade

Malan defende metas sociais para reduzir a pobreza

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, defendeu nesta quarta-feira que o Brasil adote metas sociais a serem cumpridas num prazo determinado de tempo. Essas metas referendariam internamente uma série de compromissos já assumidos pelo País no exterior para reduzir a pobreza. Entre esses compromissos, Malan citou o de Copenhague, assinado em 1995 que estabelece que o País deve reduzir à metade o número de brasileiros que vivem na pobreza absoluta até 2015. Em discurso na Fundação Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), o ministro disse que é preciso ?deixar de lado brincadeiras inconsequentes? com essa questão. ?A coisa é séria?, disse, lembrando que quando mencionou a necessidade das metas foi criticado por querer postergar o combate da pobreza para 2015. Para o ministro, a definição de metas sociais permitiria um foco mais centrado do governo para a melhoria dos indicadores sociais do País numa visão ?em perspectiva? de que os problemas não se resolvem num simples ato de mágica. ?Permitira uma discussão para frente com um horizonte de tempo razoável e não com promessas mirabolantes de resolução do problema em um par de anos ou num curto espaço de tempo, onde as coisas não se resolvem completamente?, afirmou, acrescentando que para resolver os problemas é preciso lidar com o Congresso Nacional, ter uma coalizão para avançar e enfrentar interesses corporativos. Num recado aos candidatos à Presidência da República, o ministro disse que ?aqueles que desejam profundamente reduzir a pobreza? deveriam estar dispostos a fazer uma profunda revisão dos gastos públicos para observar como os recursos escassos estão sendo gastos. O ministro defendeu os avanços sociais ocorridos no governo Fernando Henrique Cardoso. ?O Brasil mudou nos indicadores sociais e não foi para pior?, disse. Para ele, ?o muito que ainda resta fazer? não pode obscurecer o que já foi feito?. ?Somos um País de grandes mazelas, sempre haverá um discurso que mostre o quanto há para fazer?.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.