
12 de março de 2014 | 12h04
"Todo e qualquer governo tem sua cota de acerto e erros", disse Malan. O ex-ministro disse que é necessário buscar as convergências possíveis para conferir sentido ao caminho a se seguir no futuro, com boa fé e "recusa de rotulagens". O ex-ministro ressaltou que os avanços do passado devem ser preservados e comemorou 20 anos de "inflação civilizada" e o reestabelecimento da relação com a comunidade internacional.
Ele destacou ainda a comemoração de 15 anos do regime de metas de inflação, citou a autonomia do Banco Central, a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal. "Estou convencido que qualquer governo não pode se descuidar do controle da inflação", disse ainda o ex-ministro, enaltecendo o Plano Real. Malan aproveitou para criticar o fato de que as privatizações da época de FHC foram interrompidas "por longo período e só recentemente retomadas".
"Por força da tradição existe no Brasil uma ideia que todas as demandas, tanto as sociais como por infraestrutura, são tidas, todas, como intensivas em Estado. Por isso, este precisa tributar, se endividar", criticou o ex-ministro. De acordo com ele, o gasto público é muito alto e com composição precária em relação a consumo e investimento.
Malan ressaltou ainda que há um desafio de transição demográfica no País, "cujas dimensões ainda não foram percebidas pela opinião publica e o que é mais grave: nem tampouco pelo governo". "A equalização de oportunidades se faz na partida, não se consegue fazer no ambiente universitário", exemplificou ainda, mencionando que o entendimento da questão demográfica é ponto central para quem " está realmente preocupado com a questão da desigualdade."
"É preciso identificar quais passos podem ajudar a construir os subsequentes, há certas urgências de encontrar o rumo", disse Malan, que afirmou que "quando tudo é prioritário, nada é prioritário". "É um momento daqueles em que o País toma que vão afetar os próximos 20 anos", concluiu Malan.
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