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Mania de selfies cria mercado de acessórios para fotografia

Confira um guia de presentes de Natal com acessórios para selfies

Por Ron Harris
Atualização:

ATLANTA - Nem todas as selfies são criadas iguais. Algumas são borradas, outras pecam pelo enquadramento ou são tiradas no momento menos oportuno, enquanto nosso dedão procura freneticamente o botão virtual do obturador.

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Embora as fabricantes de celulares busquem remediar esses problemas incorporando ferramentas que possibilitam selfies melhores, muitas dessas têm seus limites. Para tirar fotos melhores, veja alguns acessórios para si ou para dar de presente.

Halo/Hisy (US$ 25): Esse é bastante simples. O Halo é um pequeno botão de plástico que serve como disparador remoto sem fio para a câmera do celular. Sua única função é ativar o obturador do smartphone quando apertamos o botão. Uma função, um resultado.

Por conexão Bluetooth, o acessório permite ao usuário captar melhor a luz para sua foto Foto: Ron Harris/AP

Meus testes com o Halo para Android transcorreram tranquilamente. A empresa fabrica uma versão para iPhones chamada Hisy. É necessário instalar um aplicativo gratuito para a câmera, Shutter Panorama, pois nem Halo nem Hisy funcionam com o aplicativo básico da câmera que vem com os celulares.

O Shutter Panorama não tem muitos recursos especiais nem configurações manuais. Mas o dispositivo funciona bem ao permitir que eu coloque o celular em lugares que não sejam a minha mão. Fiz boas imagens de mim com o cachorro ao apoiar o celular numa pedra do jardim da frente e me sentar um pouco mais longe. É mais elegante do que configurar o timer do disparador e correr para a posição certa.

Kodak Pixpro SL25 (US$ 300): A Pixpro SL25 da Kodak é essencialmente uma lente que vai acoplada ao celular, permitindo uma resolução mais alta do que aquela que a lente do celular é capaz de captar. A Pixpro se comunica como celular via wi-fi e permite que você ajuste a imagem na tela do smartphone. Depois que as fotos são tiradas usando o botão do obturador da Pixpro, o celular serve basicamente para ver as imagens e compartilhá-las nos serviços de mídias sociais.

Kodak Pixpro SL25, câmera que se conecta ao smartphone sem fios e faz fotos em alta resolução Foto: Ron Harris/AP

O lado negativo é a necessidade de carregar um segundo dispositivo, acabando assim com a proposta de tirar selfies ágeis. O lado positivo é a qualidade da imagem. A Pixpro faz fotos bem definidas de 16 megapixel e registra vídeos em 1080p. Esse nível de qualidade é comum nas câmeras traseiras, mas não nas dianteiras, mais usadas nas selfies.

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A Pixpro tem braços dobráveis para se fixar ao celular, para que os dois dispositivos funcionem como um só. Isso, em si, não é diferente de usar o celular para tirar selfies. Mas consegui segurar a Pixpro e apertar o botão do obturador de maneiras que não eram possíveis apenas com o celular. Foi possível deixar o dedo sobre um botão físico na Pixpro, em vez de procurar o botão virtual na tela do smartphone. Também tive sucesso usando a Pixpro solta do celular. Ela tem uma lente grande angular que consegue encaixar muita coisa no quadro.

Alguns celulares estão sendo lançados com câmeras frontais melhores. A câmera do novo Desire Eye, da HTC, tem 13 megapixel, o mesmo que a câmera traseira. Há até um flash frontal. Mas as imagens produzidas usando o acessório da Kodak ainda são mais nítidas.

Satechi Smart Selfie Extension Arm Monopod (US$ 50): Este braço extensível feito pela Satechi ajuda a colocar mais gente na foto. De maneira parecida à da lente da Kodak, o braço tem partes de borracha acionadas por molas que seguram o celular com firmeza pelas laterais. Então, basta estender o braço até o limite máximo de 1m e tirar fotos ao lado de muitos amigos ou mostrando belos cenários.

Braço extensível feito pela Satechi ajuda a colocar mais gente na foto Foto: AP Photo/Ron Harris

O mais útil é o botão do obturador perto do segurador, ligado ao celular via bluetooth, permitindo assim que o usuário tire uma selfie sem ter que alcançar o smartphone. Depois de prender o telefone ao braço extensível e abrir o aplicativo padrão para tirar fotos, consegui facilmente fazer várias selfies com a perspectiva de um passarinho, e outras com o ponto de vista diferenciado, a distâncias maiores do que o comprimento do meu braço.

O acessório da Satechi funcionou bem com o aplicativo padrão da câmera do meu celular, mas não com outros aplicativos que gosto de usar, como FxCamera e Candy Camera.

Os novos modelos Galaxy Note da Samsung permitem que encaixemos mais pessoas nas fotos ao fazer uma composição a partir de diferentes imagens. Basta inclinar o celular para a esquerda ou direita, e o software do Note faz toda a magia nos bastidores. Mas a foto não será instantânea, coisa que o Monopod consegue fazer. / Tradução de Augusto Calil

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