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Manifestação de Lula sobre meta é importante, diz Mantega

Ministro e presidente se dizem a favor da manutenção da meta de inflação

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Por Redação
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, demonstrou estar satisfeito com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manifestando apoio à manutenção da meta de inflação em 4,5%. Embora tenha dito que ainda não leu a entrevista ao jornal Valor Econômico, Mantega disse achar positivo que o presidente tenha opinião que coincida com a dele. "É muito importante a manifestação do presidente, uma vez que é ele que dá a última palavra em todas as questões cruciais da República", disse Mantega. Para ele, a meta atual está dando certo, não exigindo uma política mais rigorosa de juros e, ao mesmo tempo, viabilizando um crescimento com inflação baixa. Segundo o ministro, a meta de inflação menor poderia deixar o Banco Central "nervoso" em algum momento de turbulência passageira. "A minha preocupação é não deixar o Banco Central nervoso", brincou Mantega. "Com uma meta mais baixa, se houvesse uma perturbação econômica passageira, o BC seria obrigado a agir. Ao passo que com 4,5%, ele ainda pode acomodar alguma turbulência", disse. O ministro ponderou que não vê risco de que a manutenção da meta faça com que as expectativas do mercado, que hoje estão em 4% tanto para 2008, como 2009, sejam elevadas. Mantega lembrou que a meta propicia um intervalo de 2 pontos porcentuais de tolerância que permite que a inflação chegue até 2,5% ao ano. Mantega considera que a realidade mostra que a inflação no País continuará baixa porque há "um antídoto antiinflacionário poderoso" que é o câmbio, além da abertura comercial, que, segundo ele, tem alavancado as importações e garantido a estabilidade nos preços em níveis baixos. Mantega afirmou que 4,5% é uma meta flexível o suficiente para o Brasil manter a sua prioridade de inflação baixa e, ao mesmo tempo, sustentar um crescimento mais robusto de sua economia. O ministro reiterou que o compromisso do governo é manter a inflação em níveis baixos e lembrou que os índices de preços do País estão mais baixos do que o de outros países emergentes. "A inflação é baixa e vai continuar baixa", preconizou. "A melhor fórmula é combinar crescimento maior com inflação menor", disse.

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