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Manifestantes ocupam instalações de transgênicos da Monsanto

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Por Redação
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Cerca de 300 mulheres invadiram na sexta-feira uma unidade de pesquisa da empresa norte-americana de biotecnologia Monsanto, destruindo um viveiro e um campo experimental de milho geneticamente modificado. As ativistas da Via Campesina protestavam contra a decisão do governo brasileiro de liberar duas variedades de milho transgênico para uso comercial --o MON 810, produzido pela Monsanto, e o Liberty Link, feito pela alemã Bayer CropScience . A ocupação das instalações, localizadas em Santa Cruz das Palmeiras, no Estado de São Paulo, durou cerca de 30 minutos, disse por telefone um porta-voz da Via Campesina. "A liberação dessas variedades demonstra, mais uma vez, que o governo Lula fez uma opção política pelo agronegócio e pelas grandes empresas estrangeiras da agricultura, deixando de lado a reforma agrária e a agricultura familiar", disse a Via Campesina em comunicado. A invasão faz parte de uma série de movimentos planejados pelo grupo para marcar o Dia Internacional da Mulher com uma luta contra o agronegócio e a monocultura, disse o porta-voz. A Monsanto condenou a invasão em um comunicado, afirmando que "em um regime democrático, discórdias, ideológicas ou não, devem ser expressadas de maneiras legais". As duas variedades são as primeiras de milho transgênico a receber aprovação para uso comercial no Brasil. Variedades de soja e algodão da Monsanto já são legais no país há anos. A Monsanto afirma que pequenos produtores podem estar entre os que mais se beneficiam com a biotecnologia. (Por Inaê Riveras)

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