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Manifestantes protestam contra o leilão e são retirados pela PM

Operação com 220 policiais resultou em 7 prisões no prédio da Aneel

Por Gerusa Marques e Isabel Sobral
Atualização:

Diferentes movimentos sociais se juntaram ontem para protestar contra o leilão de construção da usina de Santo Antonio, no Rio Madeira, e contra o que chamaram de "privatização dos rios brasileiros". Por volta das 6h, quatro horas antes do horário do leilão, cerca de 300 manifestantes, nas contas dos organizadores, ou 80 , segundo a Polícia Militar do Distrito Federal ocuparam a entrada do prédio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A organização do protesto foi assumida pela Via Campesina, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). "Um dos nossos objetivos é levar ao povo brasileiro informações sobre os saques de que está sendo vítima", disse um dos líderes do MAB, Leonardo Maggi, citando ainda o repúdio do grupo a outro projeto do governo, a transposição das águas do São Francisco. A ocupação da entrada da Aneel resultou em muita sujeira como faixas, pedaços de pau e garrafas de água. A entrada do prédio foi pichada, em tinta vermelha, com frases como "A Aneel estupra a mãe Terra" e "Não venderão nossos rios". O coronel da PM Renato Fernandes Rodrigues comandou a operação do Batalhão de Operações Especiais que retirou os manifestantes do prédio por volta das 10h. Segundo ele, sete pessoas foram detidas, sendo quatro líderes dos movimentos. Eles foram levados para prestar depoimento e depois seriam liberados. Eles foram presos por invasão de órgão público, desacato à autoridade e dano ao patrimônio público. Uma mulher foi presa por expor uma criança de cinco anos ao perigo. Participaram da operação 220 policiais. O coronel disse que foi utilizada a "força necessária" para a retirada dos manifestantes e ninguém saiu ferido. Boa parte dos manifestantes, após serem retirados da Aneel, seguiu para a frente do prédio do Ministério de Minas e Energia.

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