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Manifestantes querem parar trânsito de Washington na sexta

Por Agencia Estado
Atualização:

Manifestantes estão prometendo fechar Washington na sexta-feira. Eles querem "parar o trânsito e transmitir uma mensagem simbólica" contra o capitalismo e a guerra. Os protestos são uma prévia de demonstrações ainda maiores planejadas para o fim de semana durante as reuniões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. O FBI divulgou um alerta esta semana de que hackers poderão promover "protestos cibernéticos" durante as reuniões. "Um pequeno grupo que pretende interromper as reuniões com ataques físicos podem usar meios cibernéticos para aumentar os efeitos dessas ações ou para atrapalhar os serviços de emergência", disse a agência em comunicado. A Convergência Anti-Capitalista (ACC, na sigla em inglês), grupo que quer abolir as instituições financeiras mundiais, disse que iria promover diversas demonstrações pacíficas durante a hora do rush na sexta-feira. Os eventos incluem uma grupo de ciclistas que vão protestar contra as políticas ambientais do governo de Bush e uma marcha contra "a ganância corporativa", que vai ter como alvo a sede de várias companhias. Os manifestantes disseram que não têm permissão para esses eventos, que iriam se espalhar pelo centro de negócios de Washington. A polícia planeja bloquear as ruas da região próxima às instituições financeiras, localizadas a poucos blocos da Casa Branca, e está trazendo 1,7 mil oficiais das comunidades vizinhas para reforço. Representantes da Park Police dos EUA fizeram hoje exercícios de controle de massas, incluindo de remoção de pessoas que obstruírem vias e edifícios. O vice-chefe da Park Police disse que seus oficiais serão "gentis" com os manifestantes, mas também serão muito rígidos com aqueles que desobedecerem as leis. "As pessoas que estão vindo para cá no dia 27 de setembro não se consideram violentas, nem acreditam que suas táticas o sejam", disse Andrews Willis, um dos organizadores da ACC. Ele disse que os manifestantes querem um fim a todas as dívidas, inclusive as pessoais, e acesso universal a comida, água e moradia. Muitos membros da ACC se consideram "anarquistas". A polícia culpa os anarquistas por boa parte da violência durante protestos anteriores contra as instituições financeiras mundiais.

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