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Mansueto diz que União poderá assumir 100% dos riscos de calote em empréstimos para pequena empresa

Secretário do Tesouro afirmou que uma 'virada' na política econômica não ocorreria com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo

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Por Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que o governo estuda que o risco de inadimplência de linhas de crédito para empresas pequenas seja bancado 100% pela União. O governo já lançou o Programa de Apoio às Micro e Pequenas empresas (Pronampe), em que cobre 80% da inadimplência de toda a carteira. 

Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional Foto: Ministério da Fazenda

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Em entrevista ao “Uol”, Mansueto disse ainda que os recursos do órgão destinados para subsidiar a linha de financiamento da folha de pagamentos poderão ser realocados para outras medidas de combate aos efeitos da covid-19. O Tesouro Nacional havia reservado R$ 34 bilhões para a linha, mas só foram concedidos cerca de R$ 2 bilhões até agora. 

Depois de deixar o mercado nervoso ao anunciar que sairá do cargo em agosto, Mansueto afirmou que uma “virada” na política econômica não ocorreria com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo.

“Para mudar política econômica, teria que mudar o ministro”, declarou.

O secretário ressaltou que o teto de gastos e outras normas fiscais estão previstos na Constituição e que seria necessário mudá-la para alterar a política fiscal. “A única forma de mudança na agenda fiscal é mudar a Constituição”, afirmou. 

Mansueto disse que apoiou a escolha do futuro secretário Bruno Funchal. O atual diretor de Programa do Ministério da Economia, segundo ele, já sabia da possibilidade de ascender ao posto quando entrou no governo Jair Bolsonaro. “Bruno dará continuidade ao meu trabalhado baseado na âncora que é Guedes, Bolsonaro e o teto de gastos”, afirmou. O secretário ressaltou que há prazo hábil para que seja feito um processo de transição tranquilo e que não cause ruído.

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