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Mantega admite crescimento menor do País

Para ministro, aumento do PIB pode ficar entre 0% e 2% este ano

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai crescer este ano, mas projetou variação entre 0% e 2%. Em tom cauteloso, o ministro destacou a dificuldade de fazer projeções. "Nós estamos num ano de volatilidade, o que torna mais difícil fazermos projeções do que vai acontecer", disse o ministro. Apesar da dificuldade, Mantega revela sua previsão para este ano. "Continuo com minha projeção de que nós deveremos ter um crescimento positivo este ano, ao contrário da maioria dos países que vão ter crescimento negativo, que ficará entre 0% e 2%. Portanto, qualquer valor nesse interregno é razoável para o País." De acordo com ele, a economia está passando por uma inflexão no segundo trimestre e deve continuar numa trajetória gradual de expansão ao longo do ano, até atingir um ritmo mais avançado no quarto trimestre, quando haverá aumento de 3% ante o mesmo período de 2008. Segundo o ministro, tal expansão do nível de atividade já colocaria o Brasil na rota de um avanço do PIB de 4% a 5% em termos anualizados. Mantega vê o País "entrando no segundo semestre um pouquinho melhor e acelerando no quarto trimestre deste ano". "Portanto, crescimento forte mesmo, positivo, só no quarto trimestre de 2009." Ao ser perguntado sobre o resultado das vendas no varejo em março, o ministro admitiu que o PIB no 1º trimestre apresentou desempenho fraco. Contudo, Mantega destacou que a pesquisa mensal de comércio de março apurou aumento das compras no varejo pelo critério ampliado, que inclui venda de veículos e motos e material de construção de 2% em relação a fevereiro. Segundo Mantega, a retração do setor nos meses anteriores talvez tenha acabado em fevereiro. E, em março, começou uma recuperação no varejo. "O presidente da Associação Brasileira de Alimentos me disse que o varejo está muito bem. O setor de supermercados está vendendo bem. No Dia das Mães, vendeu mais que em 2008. O comércio está em recuperação."

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