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Mantega afirma que País não precisa de reforma na Previdência

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao jornal Financial Times, também reafirmou que a atual política econômica será mantida.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao jornal Financial Times, reafirmou que a atual política econômica será mantida. "Minhas prioridade é continuar a executar a política econômica da maneira que ela tem sido executada", disse o novo ministro ao jornal britânico. Ele ressaltou os progressos da economia brasileira nos últimos anos, e reafirmou sua previsão de um crescimento do PIB neste ano entre 4% e 4,5%. "Estamos numa nova situação estrutural que é consolidada e permanente", disse Mantega. O FT observa que Antônio Palocci defendia a adoção de um déficit nominal zero e a necessidade de um "pacto social" para colocar as contas do país em ordem, com o governo adotando medidas impopulares. Segundo o jornal, Mantega disse que um déficit nominal zero é uma coisa positiva, mas não uma meta. "Não estava muito claro o que Palocci queria dizer com pacto social, por isso é difícil comentar isso. Mas um pacto social é feito no Congresso todo o ano quando o governo propõe o nível de gastos que considera necessário e discute isso com os representantes da população", disse Mantega. Mantega disse que a reforma na previdência social feita no início do governo Lula é suficiente para colocar o sistema previdenciário numa trajetória de estabilidade. "Eu não acredito que precisamos de mais reforma. O que precisamos é de melhor gerenciamento", disse o ministro. Ele disse uma ação mais rigorosa contra fraudes na previdência vai gerar economias entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões. Isso, segundo ele, vai compensar parcialmente os gastos maiores resultantes do aumento do salário mínimo e ajudar a equilibrar as contas para os próximos quatro ou cinco anos. "E após isso?", questionou o FT. "Vamos pensar em alguma outra coisa", disse o ministro. Mantega não descartou a necessidade de se continuar com outras reformas. Segundo ele, a reforma tributária iniciada pelo governo foi parcial e precisa ser concluída para produzir um sistema mais eficiente e simplificado. A reforma sindical também é outra prioridade, juntamente com micro-reformas, como a modernização dos órgãos anti-truste. Jornal destaca turbulência política O FT observou que a escolha de Mantega é um resultado da turbulência política que assola o país. "Se vai ter ou não algum impacto sobre a economia ainda precisa ser visto", disse o jornal. "Ninguém espera muita mudança antes da eleição de outubro, na qual Lula deverá tentar se reeleger. Para saber o que acontecerá após isso, os mercados vão ficar lendo os sinais mais atentamente do que nunca."

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