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Mantega aponta que FMI pode "perder legitimidade"

Durante encontro em Cingapura, líderes do Brasil, Argentina, Índia e Egito pedem condições iguais para participantes do Fundo

Por Agencia Estado
Atualização:

Guido Mantega, ministro da Fazenda, afirmou neste sábado que o Fundo Monetário Internacional poderá "perder a legitimidade" se aprovar uma resolução propondo o início de uma reforma do Fundo, devido à oposição de vários países. O fato de ter sido negada por uma maioria numérica de países, mas que não atingiram 15% do poder de voto para anulá-la, "é uma demonstração de que algo irregular que tem de ser combatido" dentro do FMI, afirmou. O Brasil se uniu à Argentina em sua oposição a resolução que dá ao México, China, Coréia do Sul e Turquia um maior poder dentro do Fundo mediante o aumento de suas cotas. Entretanto, Brasil e Argentina deixaram claro que não se opõe que esses quatro países sejam os primeiros a ocupar os postos, mas sim pelo fato de que a resolução não contém passos concretos a serem seguidos depois da votação. A resolução, aprovada no início deste mês pelo diretório executivo do FMI em Washington, foi apresentada na reunião de líderes - formada por ministros da fazenda dos 184 estados membros do Fundo - que está em curso em Cingapura. A ministra da Economia argentina, Felisa Miceli, afirmou que o país não iria se opor pelas mesmas razões, mas fez alguns comentários sobre a legitimidade do FMI depois da votação. Mantega apontou que o Brasil não vai se retirar do FMI mas "continuará trabalhando" para uma reforma mais transparente. Os dois países firmaram uma declaração conjunta com índia e Egito na qual expressam que a fórmula para calcular a cota de participação no Fundo é "obscura e confusa" "Acreditamos que as reformas fundamentais são possíveis somente se definirem os contornos finais de uma solução inicial seguida de consultas autênticas entre as nações participantes com condições iguais", afirmaram os quatro países.

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