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Mantega: Banco do Sul não vai financiar aventuras

Por Luciana Xavier e MARISA CASTELLANI E CÉLIA FROUFE
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje acreditar que a criação do Banco do Sul será benéfica à América do Sul. "O Banco do Sul não vai ser um banco para financiar aventuras", afirmou o ministro durante almoço no Grupo Estado, em São Paulo. No início das discussões sobre o tema, a criação do Banco do Sul não tinha o apoio do ministro, que defendia a utilização dos bancos regionais já existentes, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o ministro Mantega, as empresas brasileiras são as que têm mais capacidade de investimentos na América do Sul e isso deve colocar o Brasil em posição de destaque dentro do banco. O ministro explicou que o voto no banco deverá ser por aporte financeiro de cada País, mas lembrou que isso não deve ser um risco ao Brasil nem aos outros integrantes. Segundo ele, deverá haver uma cota padrão para fazer parte da sociedade e que se um país quiser colocar mais dinheiro no banco poderá fazê-lo não por meio de participação, mas da compra de títulos. O Banco do Sul foi idealizado pela Venezuela com o objetivo de financiar iniciativas regionais de desenvolvimento e como uma opção regional ao Banco Mundial e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), cujas sedes ficam em Washington. O Banco do Sul deverá ter a participação da Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai e Venezuela e deve começar a funcionar em 3 de novembro. Na semana passada, a Colômbia pediu o ingresso formal como sócio do Banco do Sul.

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