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Mantega: Brasil é emergente com menor inflação

Por ADRIANA CHIARINI E JACQUELINE FARID
Atualização:

O Brasil é o país emergente com menor inflação, afirmou hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em discurso na reunião do Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), integrado por bancos de 65 países. De acordo com Mantega, se não houvesse a elevação dos preços agrícolas no mundo, a inflação brasileira em 2007, que foi de 4,46%, teria sido ainda menor. Ele lembrou que o centro da meta da inflação brasileira é de 4,5%, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Também mostrou um quadro indicando que a expectativa do mercado financeiro para a inflação de 2008 é de 4,41%. O ministro citou explicitamente a China, a Índia, a Rússia e o Chile na comparação de países emergentes que estão com inflação mais alta que o Brasil. Mesmo assim, disse ele, a taxa de juros real no Brasil no longo prazo está caindo. Ele comentou também que a economia está crescendo com responsabilidade fiscal, com redução da dívida líquida do setor público e do déficit da Previdência Social. Mercado financeiro O ministro afirmou ainda que o Brasil é o país com maior ações em circulação (free float) entre os mercados emergentes. Mantega comentou que isso significa que o País é o que tem mais ações em poder do mercado e não nas mãos dos controladores das empresas. "O mercado acionário vai muito bem. Estamos mobilizando R$ 6 bilhões por dia", disse ele. Mantega afirmou que o setor financeiro brasileiro está muito sólido. "Os lucros são testemunha", afirmou. Mesmo com a taxa básica de juros, a Selic, mais baixa de todos os tempos, segundo o ministro, os bancos estão tendo ótimos resultados porque conseguem lucros no crédito. De acordo com ele, o imposto de renda sobre o lucro dos bancos em janeiro deste ano foi 140% maior do que em janeiro de 2007. "Isso indica que a rentabilidade foi excelente". Durante a palestra, o ministro deu vários indicadores positivos sobre o País, entre os quais, o de que o Brasil começou o ano recebendo investimentos diretos, mesmo com a crise de hipotecas nos Estados Unidos.

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