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Mantega: crise provou solidez da economia brasileira

Por Kelly Lima
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a crise econômica mundial colocou à prova várias economias e algumas responderam melhor, outras pior. "O Brasil, felizmente, respondeu bem a este questionamento. A crise provou a solidez da economia brasileira e a capacidade (do governo) de fazer política anticrise", disse o ministro, em Seminário sobre Cenários e Perspectivas para o Brasil, promovido pelo jornal O Globo.

 

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Melhora expectativa para o PIB em 2009 e 2010, revela FocusSegundo ele, em crises anteriores, havia fuga de capitais, e os governos elevavam as taxas de juros. Além disso, destacou, "os governos passados também não tinham como aumentar os investimentos e gastos públicos". "Acabava sendo uma economia pró cíclica. Agora temos condições de fazer o contrário, porque temos solidez externa, reduzimos nossa vulnerabilidade externa, nossas reservas internacionais já chegaram a US$ 213 bilhões. Isso dá solidez e reduz vulnerabilidade", disse.Segundo Mantega, um fator importante de combate à crise foi a expansão do crédito por parte dos bancos públicos e bancos privados. Ele destacou, no entanto, que os bancos privados não expandiram tanto este crédito, aumentaram apenas 2,5%, enquanto os públicos expandiram em 5%. "Se não fossem os bancos públicos, a recuperação da economia brasileira teria sido muito mais demorada", disse. AécioMantega rebateu declarações do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). O mineiro havia criticado a gestão pública e a concentração de alguns serviços essenciais na mão do governo federal. "Discordo do Aécio. O Estado pode ser ineficiente, sim, em vários aspectos. Mas pode ser muito eficiente também", disse Mantega. Mantega ainda afirmou que o papel do Estado "pode estimular gestão eficiente para promover desenvolvimento". "Se for para falar de ineficiência, podemos citar exemplos também de gestão nas empresas privadas", disse.Ainda sobre as críticas do governador mineiro, Mantega destacou que todo o movimento anticíclico feito pelo governo federal para superar a crise foi com responsabilidade fiscal. "Estaremos entre os países que menos gastaram para fazer política anticíclica. O crescimento é sustentável porque foi mais dinâmico. Em outros momentos, o déficit público subia e deixava herança, assim como a dívida publica e a dívida externa. Agora isso não ocorre."

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