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Mantega descarta mudanças no IOF

Distorções no câmbio nas últimas semanas já estariam corrigidas, sem a necessidade de ações adicionais

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Por Eduardo Rodrigues , Renata Veríssimo e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo brasileiro não está planejando nenhuma medida em relação ao IOF. "As medidas prudenciais já foram tomadas. Por isso, não vamos mudar nada no IOF (sobre derivativos cambiais)", completou.

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Segundo Mantega, as distorções na taxa de câmbio, que ocorreram nas últimas semanas, já estariam corrigidas, sem a necessidade de ações adicionais por parte do governo, no momento.  

A medida está em vigor desde 27 de julho, mas o recolhimento do tributo foi adiado duas vezes, primeiro para outubro e depois para dezembro, devido a dificuldades operacionais da Bovespa. Enquanto isso, o BC seguirá atuando no mercado com a venda de dólares, se for necessário.

A valorização do dólar nos últimos dias atenderia ao objetivo do governo, de impedir o fortalecimento do real. Ou seja, a cobrança do imposto agora seria "inócua", uma vez que a moeda americana voltou a patamar mais confortável para as exportações de manufaturados. O problema, neste caso, é a volatilidade dos mercados, que ora reagem à crise europeia e ora culpam a regulação brasileira. Não se descarta que o dólar volte a cair em breve.

Grécia

Mantega também disse que não vê possibilidade de calote da Grécia nesta semana. Ele afirmou que pôde constatar, durante a reunião do G-20, na semana passada, que a Grécia tem cumprido todas as obrigações com o fundo europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ele avaliou que o caminho a seguir para tentar conter os efeitos nocivos da crise das dívidas nos países europeus é a aprovação, o quanto antes, do novo fundo financeiro do continente para ajudar as economias em maior dificuldade. "A exemplo do que o Fed fez nos EUA, esse fundo tem de ser aprovado logo para que a situação fique sob controle. Mas, mesmo assim, a crise vai continuar", afirmou o ministro.

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O ministro explicou que a alternativa do fundo europeu servirá para evitar uma "agudização" da crise, mas não evitará uma recessão nas economias norte-americanas e europeias. Para o ministro, "o Brasil está preparado para enfrentar essa situação difícil".

(Com João Domingos e Iuri Dantas, de O Estado de S.Paulo)

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