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Mantega enumera cinco condições para crescimento sustentável

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, enumerou cinco condições que ele considera fundamentais para o crescimento sustentável: recuperação da credibilidade da política econômica, estabilidade efetiva de preços, solidez fiscal, marcos regulatórios definindo as regras do jogo e reformas modernizantes. Em sua apresentação no XV Fórum Nacional encerrado há pouco no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Mantega disse que o governo está trabalhando no projeto de desenvolvimento que recebeu o nome "Brasil para Todos", que será discutido com a sociedade e transformado no Plano Plurianual de Investimentos para o período 2004 a 2007. Segundo ele, o Brasil tem hoje 80 milhões de pessoas que não estão inseridas no mercado de consumo normal, e o desafio é fazer a inclusão destes consumidores. "Isso não é um projeto de ponto de partida, mas de ponto de chegada", disse Mantega. E, na sua visão, este projeto de ampliação do mercado de consumo "é o que se pode esperar de um governo do Partido dos Trabalhadores". Ampliar investimentos Mantega considera que o Brasil tem plenas condições de crescer ao ritmo superior a 4% ao ano. Para isso, porém, terá que equacionar alguns problemas no curto prazo. Mantega considera fundamental ampliar os investimentos do País, e isso implica maior participação de investimentos públicos, conforme declarou em sua apresentação. "Para permitir estes investimentos, o governo terá que fazer cortes em seus gastos correntes", disse Mantega, que lembrou que o governo enfrenta atualmente sérias restrições fiscais. Reduzir vulnerabilidade externa Na avaliação do ministro, outro ponto que dificulta um crescimento maior é a vulnerabilidade externa. O combate a este problema, segundo Mantega, não acontecerá através de um "câmbio depreciado", mas pela melhoria da produtividade interna. O ministro considera que o Brasil ainda não equacionou esta questão, mesmo gerando superávits comerciais de US$ 15 bilhões a US$ 16 bilhões por ano. Ele ressaltou que considera mais importante o aumento do fluxo comercial (mais exportações e mais importações) do que apenas um saldo positivo elevado.

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