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Mantega: 'Estamos dispostos a tomar novas medidas'

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Por Leonencio Nossa
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou, em pronunciamento na reunião com movimentos sociais, no Palácio do Planalto, a disposição do governo brasileiro em adotar novas medidas para evitar a redução do nível da atividade econômica no Brasil. "Se novas medidas forem tomadas - e nós estamos dispostos a tomar essas medidas, aumentando os investimentos, diminuindo o custo financeiro, que é fundamental, e reduzindo tributos -, nós garantimos o crescimento do País", afirmou. E prosseguiu: "Com essas medidas, poderemos assegurar um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em torno de 4% em 2009". Para ele, é "perfeitamente possível manter o ciclo de crescimento" desde que a sociedade brasileira esteja mobilizada e os governos federal e estaduais estejam motivados. O ministro destacou que o sistema financeiro brasileiro é um dos mais sólidos e menos expostos à crise financeira mundial, por conta de três fatores: menor alavancagem (relação entre os valores emprestados e o patrimônio da instituição), baixa inadimplência e grandes bancos públicos fortes. Ele citou ainda que como fator de solidez as reservas compulsórias dos bancos. O ministro relatou as medidas adotadas pelo governo brasileiro no período de setembro e outubro para contornar a crise. "Estamos preparados para tomar todas as medidas que impeçam a redução no nível de atividade", afirmou. Mantega disse que houve desaceleração de 25% no crédito em outubro, mas já há uma recuperação em novembro. "O nosso objetivo é manter o nível de crescimento elevado na economia", disse ele. Mantega ressaltou que as reservas cambiais do País estão hoje em US$ 205,7 bilhões. "Passamos pelo furacão da crise em outubro e mantivemos nossas reservas acima de US$ 200 bilhões", disse o ministro, lembrando que em março de 2006 as reservas eram de US$ 59,8 bilhões. Afirmou ainda que a dívida pública hoje corresponde a 36,6% do PIB e que as taxas dos juros já caíram em relação ao que eram no passado, "mas isso ainda não é suficiente".

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