
05 de julho de 2013 | 16h52
"Ano passado, elevamos as alíquotas de importação de aço, fertilizantes, produtos químicos, vidros, entre outros, como incentivo para o produtor nacional competir com importados no Brasil. Na ocasião, combinamos com os setores que não haveria elevação dos preços, mas algumas indústrias fizeram reajustes e ocorreu a alta do dólar neste período", disse Mantega. "Com isso, o câmbio passou a ser uma defesa natural para os insumos", completou.
De acordo com o ministro, a redução nas alíquotas de importação para patamares mais próximos dos originais, que vigoraram até setembro do ano passado, também ajudará a conter pressões inflacionárias advindas destes insumos. "Até setembro, vamos observar se o dólar se fixa em outro patamar. Não queremos atrapalhar estes setores, mas temos que ter equilíbrio. Não queremos um over-price por causa da inflação", afirmou.
Segundo ele, essa mudança não será imediata. Ele voltou a frisar que ela vai depender de comportamentos do câmbio. "Será planejado para que os setores não tenham perdas", comentou.
Inflação
Mantega afirmou que, no segundo semestre, "em algum momento", a inflação vai voltar para baixo do teto da meta, de 6,5%. No acumulado de 12 meses até junho, segundo o IBGE divulgou nesta sexta-feira, 5, a taxa está em 6,70%. Ele disse ainda que foi "muito importante" o IPCA de junho ter ficado em 0,26%. "Se você olhar os componentes, caíram alimentação, habitação e serviços. Foram praticamente todos os itens", declarou. O ministro afirmou ainda que a inflação de alimentos foi perto de zero e a nova safra colaborou com o resultado. "Esperamos que continue assim nos próximos meses", disse. Questionado sobre o valor do corte no orçamento neste ano, o ministro disse apenas que será abaixo de R$ 15 bilhões.
Tesouro
Sobre a saída do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, do cargo, conforme rumores que circulam pelo mercado, Guido Mantega disse que "não confirma saída na equipe econômica".
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