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Mantega: governo vai retomar reforma tributária

Por FERNANDO NAKAGAWA E RENATA VERÍSSIMO
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que o governo vai retomar a reforma tributária. "É claro que será revisada à luz da pauta da CPMF. Isso faz uma diferença e, assim que reavaliarmos, ela será enviada ao Congresso", disse. O ministro não quis responder se o governo irá reapresentar ao Congresso um novo projeto recriando a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Não vou responder. Isso faz parte das medidas e vai ficar em suspenso até a semana que vem", disse Mantega, referindo-se ao pacote de medidas que ele prometeu anunciar na próxima semana para compensar os prejuízos com a perda da arrecadação da CPMF. "Sempre disse que a não aprovação da CPMF traria prejuízo ao País, principalmente à população de baixa renda", continuou o ministro. Mantega lembrou que, com a proposta do governo de destinar todos os recursos da CPMF para a Saúde, esse volume passaria dos atuais R$ 45 bilhões para mais de R$ 80 bilhões até 2010. "Esse segmento certamente será penalizado. Os demais setores dependem da definição das medidas e dos instrumentos", afirmou. Mantega garantiu que o governo não vai permitir que o momento virtuoso da economia seja prejudicado. "Cabe ao governo assegurar este momento favorável da economia, e nós vamos tomar medidas que serão anunciadas na semana que vem", afirmou. O ministro afirmou ainda que não vai dar nenhuma pista agora das medidas que estão em estudo pelo governo. Mantega explicou que será um conjunto de medidas que se complementam e que não iria antecipá-las porque apresentará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ele retornar de viagem ao exterior. Segundo Mantega, o presidente o incumbiu de produzir essas medidas e elas terão ainda que ser submetidas à aprovação de Lula. Grau de investimento Mantega negou que o fim da CPMF possa ter impacto na expectativa de o Brasil receber o grau de investimento nos próximos meses. "Acredito que não vai afetar, porque nos comprometemos a manter o superávit primário", disse o ministro, em entrevista coletiva à imprensa, no Ministério da Fazenda.

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