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Mantega indica que haverá reajuste da gasolina em 2014

Ministro da Fazenda diz que todos os anos há correção no preço do combustível e que governo continuará com esses reajustes 'normais'

Por Luciana Otoni e Alonso Soto
Atualização:
Com o IPCA em 12 meses acima do teto da meta atualmente, o governo tem menos espaço para elevar preços administrados como os dos combustíveis Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira que em todos os anos houve correção nos preços da gasolina e que o comportamento do governo é continuar com reajustes normais, mas negou que haverá "tarifaço" após as eleições de outubro.

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"Todos os anos tem correção do preço da gasolina, uns mais outros menos, todos os anos tem correção. Não teve nenhum ano que não teve aumento da gasolina, essa é a regra", afirmou o ministro em entrevista à Reuters nesta terça-feira.

"Quando ocorrerá o aumento, essa é decisão que mexe com o mercado, com ações, não se comenta. É questão das empresas responsáveis", acrescentou o ministro, que também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Mantega deu a declaração ao ser questionado se, com o arrefecimento da inflação mais para o fim deste semestre, haveria espaço para ajustes nos preços administrados.

"Nosso comportamento é continuar com reajustes normais (da gasolina), sem tarifaço", afirmou o ministro.

A diretoria da Petrobrás tem pleiteado ao governo reajuste dos preços dos combustíveis para reduzir a defasagem dos valores praticados no Brasil com os vistos no exterior, algo que afeta as finanças da companhia.

A gasolina tem um peso importante no IPCA, índice que baliza a meta de inflação do governo que é de 4,5% ao ano, com margem de tolerância de dois pontos para mais ou para menos.

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Com o IPCA em 12 meses acima do teto da meta atualmente, o governo tem menos espaço para elevar preços administrados como os dos combustíveis.

A última vez em que houve reajuste nos preços da gasolina foi em novembro do ano passado, quando a Petrobrás anunciou aumento médio de 4% da gasolina e de 8% no diesel nas refinarias. Na época, especialistas calcularam que a alta da gasolina ao consumidor final seria de cerca de 3%.

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