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Mantega nega anúncio de pacote para o câmbio

Segundo ministro, câmbio está se comportando razoavelmente bem; 'Não há pressão de valorização do real', diz

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Por Adriana Fernandes e da Agência Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou o anúncio de um pacote de medidas cambiais para conter a valorização do real ante o dólar. "Não estou preparando nenhum pacote", disse o ministro. Segundo ele, o câmbio está se comportando razoavelmente bem. Ele admitiu que isso se deve, em partes, a expectativas negativas em relação à economia norte-americana e prejuízos de bancos naquele país.   Mantega avaliou que não observa neste momento uma pressão maior de valorização do real. "O câmbio tem flutuado, da última vez que vi, estava em R$ 1,78. Não há essa pressão de valorização do real. Há uma pausa em relação a isso", afirmou o ministro.   O ministro afirmou que o governo já está comprando mais dólares para as reservas e não tem deixado uma oferta grande de moeda no mercado. Na avaliação do ministro, o aumento das importações brasileiras e das remessas de lucros e dividendos das empresas ao exterior também ajuda a conter essa pressão.   Mantega voltou a afirmar que é o dólar que está se desvalorizando, em relação a outras moedas. Ele ressaltou que o aumento das importações vai reduzir o saldo comercial, mas que continuará elevado, entre US$ 40 bilhões a US$ 42 bilhões.   Reservas   O ministro afirmouque reservas internacionais do País não serão utilizadas para ampliar a capacidade do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de fazer empréstimos às empresas no próximo ano. "As reservas não serão usadas", declarou o ministro. A uma pergunta sobre a forma como será feita a ajuda ao BNDES, Mantega, sem fornecer detalhes, respondeu: "Vamos criar um fundo soberano, mas não é com o dinheiro das reservas."   O BNDES está negociando com o Tesouro Nacional mais recursos para poder financiar todos os projetos de investimentos que estão sendo apresentados pelas empresas. O banco está com uma demanda de R$ 82 bilhões, mas só tem garantidos R$ 50 bilhões.

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