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Mantega nega motivação eleitoral em comparação de investimentos

Segundo ele, a intenção foi mostrar a trajetória crescente dos investimentos e a importância de se estimular os investimentos como pré-condição para o crescimento sustentado

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira que não estava pensando em eleições ao convocar a entrevista coletiva para mostrar o comportamento do nível de investimentos do governo Lula e compará-los ao governo anterior. "Vocês é que só estão pensando naquilo", disse, em tom de brincadeira, aos jornalistas. Segundo Mantega, a intenção dele ao convocar a entrevista foi mostrar a trajetória crescente dos investimentos e a importância de, independentemente de qual seja o próximo governo, se estimular os investimentos como pré-condição para o crescimento sustentado. Questionado se seria apropriado comparar-se os investimentos feitos pelas estatais neste governo com o ocorrido no governo anterior, Mantega defendeu a idéia, dizendo que as estatais obedecem as estratégias determinadas pelo governo e, portanto, têm de ser consideradas na avaliação dos investimentos federais. "Para o governo federal, sem as empresas estatais, é difícil manter um patamar elevado de investimentos. Jamais vamos voltar a fazer investimentos elevados como ocorreu no passado", afirmou. Coletiva Durante a coletiva, Mantega afirmou que se os investimentos continuarem do jeito que estão, a economia brasileira deverá crescer os 4,5% definidos como meta para o governo este ano, e também 4,75% em 2007 e 5% em 2008, o que seria um fato inédito na história recente. Em 2006, o ministro espera que o volume de investimentos federais atinja o maior volume dos últimos anos: 2,5% do PIB. Sem as estatais, os investimentos do governo em 2006, segundo Mantega, vão chegar a R$ 19 bilhões, 80% do previsto no Orçamento. Ele não soube explicar, entretanto, como o governo compatibilizaria essa meta com o bloqueio de R$ 14 bilhões no Orçamento.

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