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Mantega nega processo de estatização da economia

Por Luciana Xavier
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que falou hoje para uma plateia de cerca de 300 investidores em Nova York, disse que o Brasil conseguiu sair fortalecido da crise e que teve ajuda do desempenho das empresas estatais, mas isso não significa que haja um processo de estatização da economia. "Nem mesmo na crise o Brasil perdeu dinheiro com as estatais. Aliás, o setor público nos ajudou a sair da crise", disse Mantega. "Realmente o papel do Estado durante a crise foi mais forte, mas não deem ouvidos aos que falam de estatização da economia. Isso é argumento de ano eleitoral", disse o ministro durante o "2010 Brazil Summit", organizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA.Mantega disse que o País conseguirá manter crescimento neste e nos próximos anos e afirmou que a projeção de crescimento do PIB do governo de ao redor de 5,5% é até modesta perto de projeções de algumas instituições financeiras, que chegam mais perto de 7%.InflaçãoMantega disse que a inflação tem aumentado nos últimos meses e que "fatalmente" será maior este ano em comparação ao ano passado. Segundo ele, essa inflação é causada por fatores temporários, por choques de oferta como o da alta do petróleo e outras matérias-primas, e que os preços tendem a se acomodar mais nos próximos meses.Segundo ele, a inflação no Brasil deve ficar ao redor de 5,3% este ano, 4,8% em 2011 e 4,5% nos três anos seguintes. "A tendência é que a inflação volte a um patamar razoável nos próximos 12 meses", disse. Segundo ele, o Brasil pode crescer 5,5% sem pressionar a inflação."De qualquer maneira, o Brasil não vai permitir que a inflação volte e estaremos tomando medidas necessárias para que ela continue sob controle", acrescentou. De acordo com Mantega, a parte do governo está sendo feita. "Estamos reduzindo todos os estímulos fiscais implementados durante a crise", afirmou.O ministro disse ainda que, ao contrário de outros países, nos quais o déficit nominal tem crescido, no Brasil a tendência é de que continue diminuindo e "tende a zero". Ele disse que o governo vai continuar mantendo sua política fiscal sólida.

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