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Mantega: 'O pior já passou' no processo de inflação

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que "o pior já passou" no processo de elevação da inflação, por causa de dois fatores: os preços das matérias-primas (commodities) estão em queda e os índices de inflação no Brasil estão apresentando redução. "O pior já passou porque os preços estão caindo. Os preços que começaram esta elevação, especialmente os das commodities, estão em queda. O petróleo, que impulsionou forte, está em um patamar mais moderado, pois nas últimas quatro semanas caiu 4%. As commodities agrícolas também caíram. É claro que não posso garantir (o que vai ocorrer) no futuro. A minha intenção é que (as cotações das commodities) vão continuar caindo, mas não posso jurar. Pode ter especulação", disse. O ministro da Fazenda ressaltou que todos os índices de inflação no Brasil estão em redução, quando comparados aos resultados aferidos no mês anterior. "Todos os índices estão dando menor que no mês anterior. Eu acho que o pior já passou e há uma reversão desse ciclo", argumentou. Mantega ressaltou, contudo, que no acumulado em 12 meses os índices de preços ainda apresentam piora gradual de resultados, mas isso ele atribuiu a um efeito estatístico. O ministro, ao explicar aos jornalistas que tais indicadores apresentarão ascensão paulatina em um período de um ano, mencionou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode atingir o teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, de 6,5%, no encerramento de 2008. "A inflação de julho será menor que junho; a de agosto, menor que julho; a de setembro, menor que agosto; isto está acontecendo quando se pega 12 meses. Como você está substituindo mês do ano passado, você vai ter 6,1%, 6,2%, 6,3%, até chegar no final do ano a algo como 6,5%. Então ela (a inflação) vai crescer no acumulado (12 meses), mas na margem pra frente ela está caindo, o que é uma boa notícia, o que significa que em um certo momento (no acumulado em 12 meses) ela começará a cair." O ministro fez os comentários em entrevista coletiva à imprensa, após participar de almoço com 70 empresários na sede da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib).

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