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Mantega: País passou de coadjuvante a protagonista

Por Adriana Chiarini
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que o Brasil passou de coadjuvante a protagonista da economia internacional. "Nós hoje gozamos de reconhecimento internacional", disse ele, em discurso no 20º Fórum Nacional, organizado pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, na sede do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio. Mantega citou reportagem do jornal britânico The Guardian, que teria apontado o Brasil como novo gigante da economia. De acordo com o ministro, o Brasil atingiu a independência econômica recentemente, caracterizada pela redução da vulnerabilidade externa e por indicadores econômicos, como o nível das reservas internacionais. Segundo Mantega, o atual ciclo de crescimento econômico é o mais longo desde os anos 70 e é sustentável "pelo vigor e pelo equilíbrio" baseado tanto no mercado externo quanto interno. O ministro afirmou que a previsão do governo é de que a expansão da economia brasileira continue em torno de 5% ao ano. Ele lembrou que a demanda interna cresceu bastante no ano passado. "A demanda interna em 2008 continuou crescendo e deve ter atingido 7,5% ou 8%", disse Mantega, sem precisar o período do ano. No mês que vem, o IBGE irá divulgar os números do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano, que trará os dados sobre a elevação da demanda interna. O ministro citou vários indicadores positivos da economia brasileira e destacou o aumento do crédito. "Eu poderia falar quase que em uma ''revolução'' do crédito." Ele citou também o aumento do emprego e da massa salarial e a redução da pobreza, com desconcentração de renda. A classe C, de acordo com o ministro, cresceu de 32% da população em 2002 para 49% em novembro de 2007, com redução das classes de rendas mais baixas. "Isso significa mais consumo", disse Mantega.

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