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Mantega: poupança terá efeito de uma alta no superávit

Por CÉLIA FROUFE E CAROLINA RUHMAN
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou nesta tarde que a meta de superávit primário oficialmente continuará em 3,8% do Produto Interno Bruto. Ele detalhou, porém, que a poupança fiscal de 0,5% do PIB, que comporá o Fundo Soberano do Brasil, terá na prática para o esforço fiscal do governo o mesmo resultado que teria uma elevação da meta do superávit em meio ponto porcentual. O ministro deixou claro que se trata de um compromisso do governo. "Contabilmente, o nome no fundo será outro, embora tenha o mesmo efeito prático", disse. "(A meta) continua em 3,8%, que é o superávit que nos permite pagar as contas e ainda reduzir a dívida pública", continuou, acrescentando que no acumulado dos quatro primeiros meses do ano o superávit primário já atinge 6,82% do PIB. Mantega disse que o prazo para o cumprimento da economia de 0,5% do PIB será idêntico ao do cumprimento do superávit primário, ou seja, a economia acumulada ao final de cada ano. Ele lembrou que a meta de 3,8% corresponde a R$ 105 bilhões, dos quais R$ 62 bilhões são específicos do governo federal. "Fazemos (esta economia) ao longo do tempo, principalmente no início do ano. A diferença agora é que ao criar o fundo estes recursos serão enviados para ele", declarou. Ele fez questão de enfatizar que a soma prevista de economia extra de R$ 13 bilhões não necessariamente será enviada ao fundo de uma só vez. "Será aos poucos", afirmou, lembrando que grande parte desta poupança já está sendo feita pelo governo. O fundo, que será enviado ao Congresso por meio de um projeto de lei, poderá ser aprovado em até 45 dias, segundo Mantega, se o envio for de caráter "de urgência urgentíssima". "Vamos conversar com os aliados." Questionado sobre se o governo manterá a economia dos gastos caso o projeto não seja aprovado pelo Congresso, Mantega quis mostrar otimismo. "Não vamos pensar assim, acredito que o projeto seja aprovado.

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