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Mantega prevê crescimento maior no 3o tri, de até 3%

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Por Redação
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que a economia brasileira vai crescer em ritmo mais forte no terceiro trimestre, entre 2 e 3 por cento, e lembrou que os cortes passados do juro básico ainda vão estimular a atividade. Segundo ele, a expansão de 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre frente ao início do ano, divulgada nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra a força do mercado interno. "O Brasil é o país com uma das recuperações mais rápidas do mundo", disse a jornalistas em São Paulo. "As medidas de incentivo ao consumo deverão terminar até o final do ano porque a economia já está deslanchando com suas próprias pernas, mas é claro que continuaremos com juros baixos e estimulando os investimentos." O ministro reafirmou o prognóstico de que o país vai se expandir 1 por cento neste ano, número mais otimista que o do mercado. Apenas no segundo semestre, segundo Mantega, a economia terá crescimento de 3,5 por cento frente ao mesmo período do ano passado. "A demanda (interna) está se expandindo no segundo semestre e será mais forte no quarto trimestre... A expansão do crédito é mais lenta que no ano passado, mas há reconstrução em níveis satisfatórios. No Brasil, não houve queda do consumo em nenhum momento", argumentou. Por outro lado, ele disse que os investimentos, que ficaram estáveis no segundo trimestre frente ao primeiro e tiveram queda recorde sobre 2008, vão se recuperar apenas no quarto trimestre. "A taxa de investimento é a última que se recupera depois de uma crise, porque a economia primeiro precisa recuperar a capacidade ociosa que foi consequência da crise para depois investir na expansão e acompanhar o ritmo de crescimento da economia." Mantega também destacou que as políticas fiscal e monetária ajudaram e que o governo brasileiro gastou menos que a maioria dos países para enfrentar a crise global. "Em incentivos do governo, em desonerações, estamos gastando entre 1 e 1,5 por cento do PIB em 2009, enquanto a China pretende gastar 13 por cento do PIB... e nos Estados Unidos os gastos do governo com incentivos têm ficado em torno de 6 e 7 por cento do PIB, mas sem apresentar os resultados positivos como no Brasil." (Reportagem de Cesar Bianconi e Rodolfo Barbosa)

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