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Mantega prevê PIB entre 1% e 1,4% no segundo trimestre de 2005

Por Agencia Estado
Atualização:

O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre do ano, que será divulgado na próxima quarta-feira, deve ficar em torno de 1% a 1,4%, conforme previsão feita hoje pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, que participou de almoço com empresários no Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Segundo ele, o destaque do PIB trimestral será a indústria. Entretanto, na avaliação de Mantega, deve haver uma pequena recuperação do consumo das famílias, bem como um aumento do consumo governamental, o que, de acordo com ele, também demonstra uma melhora da participação do mercado interno no aumento do PIB. "Já está havendo um fortalecimento gradativo do mercado interno, em função do aumento da massa salarial, do salário médio real e da diminuição do desemprego." Mantega afirmou que a confirmação de alta do PIB do segundo semestre vai mostrar também que a economia continua sólida, a despeito da crise política que abate Brasília. De acordo com ele, existem "aves de mau agouro, dizendo que a economia brasileira está paralisada e que o governo está paralisado". "Não é nada disso. O governo está fazendo gastos no investimento em ritmo mais acelerado do que em anos anteriores", comentou. Investimento Segundo o presidente do BNDES, o nível de investimento continua elevado, assim como a confiança do empresariado, que, para ele, é demonstrada também pela demanda e pelos empréstimos do banco estatal. "Temos uma grande demanda para o financiamento de bens da capital, aquisição de máquinas e equipamentos, o que significa que as empresas estão se modernizando e que serão mais competitivas, aumentando sua produtividade." Para Mantega, o Finame, programa que financia a compra de máquinas e equipamentos, tem registrado uma demanda muito superior à esperada. "No Finame, nós temos segmentos que têm aumento de demanda de 80% a 90% em relação a igual período do ano passado", citou.

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