PUBLICIDADE

Publicidade

Mantega reforça ataque aos bancos

Por AE
Atualização:

O governo deixou para o final de novembro o anúncio das medidas de regulamentação das tarifas cobradas pelos bancos. Elas serão baixadas na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Paralelamente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, quer tornar mais rápida a implementação de novas medidas para a redução do spread bancário. É uma resposta à decisão das instituições financeiras de aumentar os juros cobrados em algumas operações antes mesmo da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de interromper, na semana passada, o ciclo de queda da taxa Selic. O spread é diferença entre a taxa de juros cobrada nos empréstimos aos clientes e o custo de captação dos bancos. Assessores do Ministério da Fazenda informaram que o ministro ficou bastante irritado com o movimento dos bancos. Mantega não vê motivos para o aumento dos juros cobrados pelos bancos nem antes nem depois da decisão do Copom. No ano passado, o ministro adotou um primeiro pacote de medidas anti-spread. Meses depois, ele mesmo anunciou que outras medidas seriam adotadas pelo governo num segundo pacote. As relações entre o governo e as instituições financeiras pioraram desde que o Ministério da Fazenda decidiu regulamentar a cobrança das tarifas, consideradas abusivas. Os bancos são contrários à medida e defendem uma auto-regulamentação, como ocorre na publicidade. Em meio às negociações, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, chegou a afirmar que as novas regras poderiam comprometer o atual processo de expansão da oferta de crédito na economia brasileira e de aumento do número de clientes dos bancos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.