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Mantega: se Fed tiver sensibilidade, reduzirá juros

Por CÉLIA FROUFE E PAULA PULITI
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que, se os diretores do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) tiverem sensibilidade deverão reduzir a taxa básica de juros nos Estados Unidos, atualmente em 5,25% ao ano. A próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, sigla em inglês) está agendada para o dia 18 de setembro, mas o ministro afirmou que esta decisão pode ser tomada "a qualquer momento", até mesmo em uma reunião extraordinária. "Se o Fed baixar a taxa de juros, seria uma boa medida para os mercados", sugeriu. Dólar Para Mantega, apesar de o dólar ter chegado ontem a R$ 2,12, isso não deve preocupar investidores, setor produtivo e nem o governo. "Antigamente, ninguém considerava dólar a R$ 2,12 alto. Só dólar a R$ 2,80 é considerado alto", argumentou. "Além disso, esse dólar a R$ 2,12 durou apenas 24 horas, pois hoje já está caindo", acrescentou. Mantega afirmou ainda que, até que provem o contrário, o dólar um pouco mais elevado estimula o setor manufatureiro. Além disso, falou que é "exagero e precipitação" dizer que a pequena oscilação atual da moeda norte-americana já pressiona a inflação. Segundo ele, a inflação é ajudada por vários fatores, entre eles o equilíbrio fiscal do governo e os preços administrados baixos. Ibovespa O ministro da Fazenda disse que o Índice Bovespa (Ibovespa) poderá voltar aos 58 mil pontos, patamar em que se encontrava antes do início da atual turbulência financeira que atinge os mercados de todo o mundo. "Mas esta não é uma previsão, pois ministro da Fazenda não pode fazer previsões sobre bolsa", afirmou. Ele explicou que sua colocação tem base na informação de que as companhias brasileiras listadas na bolsa estão muito sólidas e citou algumas delas, como Petrobras, Vale do Rio Doce, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Unibanco. "Como não há supervalorização de ativos no Brasil, depois da turbulência a bolsa deve voltar ao normal", disse. O ministro fez essas afirmações à imprensa, logo após participar do encontro sobre Reforma Tributária com o grupo de Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), realizado em São Paulo.

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