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Mantega: 'Segurobras' atua em imprevisto de concessões

Por ALINE BRONZATI E RICARDO LEOPOLDO
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A Agência Brasileira de Garantias (ABGF), apelidada de Segurobras, deverá participar com uma parte das garantias nos projetos de infraestrutura, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "A ABGF vai participar da parte que a gente chama de imprevistos. Há uma previsão de custos que estão segurados. Ela entrará dando a parte de algo que não está previsto", disse nesta quinta-feira, 12, em entrevista à imprensa, após participar de reunião com representantes de principais bancos do País.O imprevisível, conforme Mantega, é um "risco". Ele explicou que, em uma obra estimada em R$ 5 bilhões, se custar R$ 6 bilhões, as garantias estão estabelecidas e a diferença é aonde entrará a ABGF. Conforme o ministro, atrasos de licenças para as obras estão na lista dos riscos imprevisíveis. "Mas as licenças têm saído de forma relativamente rápida", acrescentou.A ABGF foi instalada na última semana de agosto. Com sede em Brasília e capital inicial de R$ 50 milhões, a agência vai gerir, entre outros, dois grandes fundos: um para o financiamento de infraestrutura (FGIE), com recursos de até R$ 11 bilhões, e outro para comércio exterior (FGCE), com capital de até R$ 14 bilhões.Pelos cálculos de Mantega, as concessões rodoviárias devem envolver R$ 50 bilhões em investimentos. "Dezoito meses depois que começar a operação, o concessionário receberá pedágio. As condições são muito atrativas", comentou. "Os financiamentos devem cobrir até 70% do montante total", destacou. "O concessionário escolherá o consórcio de bancos para viabilizar o financiamento", disse.O ministro informou que os investimentos em dois trechos das rodovias BR-050 e BR-062, que serão leiloados na próxima quarta-feira, 18, deverão atingir cerca de R$ 5,3 bilhões.

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