
16 de abril de 2016 | 23h59
‘Ela e Lula tiram País da crise’
“Nós temos de analisar duas circunstâncias. Se Dilma ficar porque conseguiu os 172, vai dar uma demonstração de força, mas se for porque a oposição não alcançou os 342, veríamos a fraqueza da oposição. São situações diferentes, que criam cenários diferentes. Mas, de qualquer maneira, estou convencido de que o quadro econômico é grave e que apenas Dilma, com apoio de Lula, pode dar uma saída mais rápida para essa crise. Juntos, eles conseguem reorganizar a maioria no Parlamento e repactuar com o setor privado uma saída da recessão. Haveria um realinhamento do governo em cima do que faltou: um programa de médio e longo prazos.”
TEMER
‘O inimaginável pode acontecer’
“A saída de Dilma joga o País numa incerteza maior. O ambiente é muito frustrante para os agentes econômicos. Será ruim se Temer assumir e mostrar que não tem condições de organizar a base no Congresso e chamar os empresários. Ao mesmo tempo, vai ter um outro lado que vai sair enfurecido. Não é uma transição simples. Vão destampar a panela de pressão. O inesperado, o inimaginável, pode aparecer. O governo terá pouca credibilidade. O PT está preparado para viver justamente esse ambiente. Crises fortalecem o PT. O partido tem ousadia, com responsabilidade, nesses momentos. A capacidade de se reinventar é impressionante.”
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