
16 de maio de 2014 | 12h32
HONG KONG - Um dos maiores centros mundiais de comércio de marfim começou a triturar e incinerar 28 toneladas de presas de elefantes apreendidas nos últimos anos.
O objetivo do governo de Hong Kong é impedir que o marfim confiscado volte ao mercado e também impedir a entrada de novas peças.
A ex-colônia britânica foi usada historicamente como base de transbordo para o marfim que sai da África com destino à China continental, onde a demanda vem crescendo por causa do aumento da renda.
O marfim pode alcançar o preço de US$ 2,4 mil o quilo na China, segundo o fundo internacional para defesa de animais. A consequência seria a morte de cerca de 35 mil elefantes por ano, o que ameaça provocar a sua extinção da natureza.
As presas são trituradas antes da incineração, pois se forem simplesmente queimadas apenas a superfície é destruída, possibilitando que uma boa parte volte ao comércio ilegal.
Repressão. A destruição e incineração de todo o estoque confiscado é uma tentativa de demonstrar que o governo vai levar a sério a repressão ao comércio ilegal de animais silvestres que ameaça a população de elefantes da África.
O primeiro lote destruído foi de uma tonelada de presas de elefante e marfim esculpido em objetos e acessórios.
As cinzas resultantes da incineração serão misturado com cimento e cal e despejadas em um aterro sanitário. Cerca de 1,6 toneladas de marfim serão mantidos para fins educativos ou científicos.
No ano passado, outros países como a Bélgica, França, China, Estados Unidos e Filipinas adotaram iniciativas semelhantes.
Os estoque de Hong Kong aumentaram com a ação de agentes aduaneiros que interceptaram uma série de grandes carregamentos contrabandeados nos últimos anos.
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