Publicidade

Marinho vai conversar com a direção da Volkswagen

A pedido do presidente Lula, o ministro vai discutir a ameaça de fechamento de uma fábrica e disse que a situação não combina com o momento do setor automotivo

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, informou nesta quinta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a ele que chame a direção da Volkswagen para discutir a ameaça da empresa de fechar uma fábrica no Brasil caso os trabalhadores não aceitem a redução dos benefícios. Marinho disse que no seu entendimento não cabe financiamento do BNDES para uma empresa que vai fechar uma unidade. Marinho afirmou também que pretende discutir o assunto com o presidente do BNDES, Demian Fiocca. "A reestruturação de uma empresa precisa ser encarada com maturidade. Esta faca no pescoço não está muito legal. As partes precisam negociar com maturidade e encontrar um ponto de equilíbrio", afirmou ele ao chegar para a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Para Marinho, a situação da Volkswagen não combina com o momento do setor automotivo que, conforme destacou, baterá recordes de produção e venda este ano. "A não ser que tenha havido muitos erros da empresa que perdeu mercado para os concorrentes. Mas eu espero que seja simplesmente uma chantagem de negociação com os trabalhadores e que eu espero resolver na base do diálogo". Financiamento Marinho também informou nesta quinta que o governo anunciará nos próximos dias uma linha de financiamento especial do BNDES para o setor de têxteis e confecções. Segundo ele, o setor será incluído na linha de financiamento do banco anunciada recentemente pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para o setor de calçados e móveis. Marinho disse que os recursos para a linha de financiamento, de R$ 1 bilhão, serão ampliados em mais R$ 800 milhões. Esta linha também beneficia o setor de máquinas agrícolas. Marinho também afirmou que esta é mais uma medida do governo de apoio de crédito às exportações para aqueles setores mais afetados pela valorização do real frente ao dólar. Matéria alterada às 14h50 para acréscimo de informações

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.