Martha Seillier e Daniella Marques Consentino são cotadas para suceder Salim Mattar

Martha é servidora pública de carreira e especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental; Daniella é vista como os 'olhos e ouvidos de Guedes', mas não é concursada

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Por Anne Warth e Amanda Pupo
1 min de leitura

BRASÍLIA - Depois que o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o empresário Salim Mattar pediu demissão da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, o nome mais cotado para ocupar a área é o da secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier. A chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do ME, Daniella Marques Consentino, também é cogitada para o cargo.

A secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) , Martha Seillier. Foto: Dida Sampaio/Estadão - 21/8/2019

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Martha é servidora pública federal de carreira, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental. Formada em direito e economia, ela é considerada braço-direito do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Já foi presidente da Infraero, assessora-chefe da Casa Civil e diretora da Secretaria de Aviação Civil.

A Martha é atribuído o sucesso no programa de concessões de infraestrutura do governo, que já leiloou 30 ativos em rodovias, ferrovias, aeroportos e portos. Até o fim do ano, a previsão é licitar 12 terminais portuários e duas rodovias, além de renovar os contratos de duas ferrovias, um compromisso associado a investimentos cruzados. A fusão entre o PPI e a secretaria de privatizações seria considerada natural nesse cenário.

Daniella é considerada os olhos e ouvidos de Guedes. Ela participa de todas as reuniões do ministro, seja com o setor produtivo, seja com parlamentares – com quem negocia os termos da reforma tributária. Embora atue nos bastidores, é considerada uma boa articuladora política, tendo inclusive sido cotada para substituir o general Luiz Eduardo Ramos na Secretaria de Governo. 

Ao contrário de Martha, Daniella não é funcionária pública. Sua escolha reforçaria a "guerra" que ocorre nos bastidores do Ministério da Economia entre servidores e nomes do mercado.