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Marun diz que medidas custarão R$ 10 bi e afirma que desconto no diesel chegará às bombas

Segundo o ministro, Palácio do Planalto vai tratar de uma outra forma o anúncio de paralisação de petroleiros

Por Rafael Moraes Moura , Fernando Nakagawa e Tania Monteiro
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, disse no domingo, 27, que o conjunto de medidas anunciado pelo presidente Michel Temer para atender às demandas de caminhoneiros vai provocar um impacto de R$ 10 bilhões aos cofres públicos. Segundo o ministro, o desconto no preço do óleo diesel vai chegar às bombas e o Palácio do Planalto vai tratar de uma outra forma o anúncio de paralisação de petroleiros.

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O governo federal cedeu mais uma vez aos caminhoneiros e anunciou um pacote de medidas que atende à maioria dos pontos reclamados pelos motoristas. Com as medidas, o preço do litro do diesel cairá R$ 0,46 na refinaria - valor próximo do pedido que citava valores entre R$ 0,40 e R$ 0,60. Além disso, o desconto aplicado inicialmente será mantido por 60 dias, o dobro do prazo inicialmente prometido. Após esse período de 60 dias, os reajustes passarão a ser mensais.

"Estamos na verdade dando um desconto no valor do óleo diesel equivalente ao somatório da Cide e do PIS/Cofins, e vamos criar um crédito extraordinário, as fontes estão sendo detalhadas, para que possamos juntamente à Petrobrás, garantir esse benefício aos caminhoneiros, ao sistema de transporte público, à economia brasileira que depende muito do óleo diesel", afirmou Marun.

Durante a coletiva de imprensa, Marun destacou que não existe uma liderança uniforme do movimento dos caminhoneiros. Foto: Dida Sampaio/Estadão

"Os recursos vêm do Tesouro e serão detalhados. Estamos investindo R$ 10 bilhões no atendimento dessas reivindicações porque entendemos que hoje se transformou no desejo da sociedade brasileira", completou o ministro.

Nesta segunda-feira, 28, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, deve detalhar o impacto das medidas anunciadas pelo governo aos cofres públicos, comunicou Marun.

Tanque. Indagado se a redução vai chegar às bombas, Marun foi categórico: "A redução vai chegar às bombas. O Procon está inclusive editando medida e vai fazer fiscalização no sentido de que o nosso objetivo, de que essa redução chegue ao tanque do caminhoneiro se torne realidade".

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De acordo com o ministro, as três medidas provisórias assinadas por Temer para atender às demandas dos caminhoneiros serão publicadas "o mais rapidamente possível". "Acredito que amanhã algumas dessas MPs, que já estão em estado avançado de elaboração, já possam estar publicadas inclusive no Diário Oficial da União", comentou o ministro.

Liderança. Durante a coletiva de imprensa, Marun destacou que não existe uma liderança uniforme do movimento dos caminhoneiros.

"É difusa, são vários líderes e que o nós fizemos foi ouvir vários desses líderes. Do que ouvimos, do que eram as suas reivindicações, do que ouvimos, elaboramos essa pauta de medidas, temos a certeza de que atende aos pleitos dos caminhoneiros. E fomos ao máximo no sentido do que poderíamos conceder", ressaltou Marun.

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Sobre o anúncio de uma paralisação dos petroleiros, Marun afirmou que é uma "outra situação, que será tratada de outra forma", mas não quis se estender sobre o tema.

Apelo. De acordo com o ministro da Secretaria de Governo, as medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer foram discutidas com lideranças e com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

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"É um desejo do Parlamento que essa situação seja resolvida. Todas as mensagens que recebi foram no sentido de que fizéssemos o máximo de concessões possíveis no sentido de que essa situação fosse resolvida. Fizemos o máximo, queremos agora que todo esse trabalho não se perca. É um movimento vitorioso, o que precisamos é que já hoje à noite os caminhoneiros voltem a cumprir sua missão", concluiu Marun.

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