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Medicamentos sofrem reajustes de até 154%

Pesquisa feita pelo Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal constatou aumentos de até 154% no preço de medicamentos. As entidades esperavam que as indústrias farmacêuticas repassassem a redução da carga tributária do Pis e Confins para os preços.

Por Agencia Estado
Atualização:

Pesquisa realizada pelo Conselho de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF) e o Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (IDUM) constataram aumentos nos preços dos medicamentos, com porcentuais que variam de 40,21% até 154,29% no mês de maio em relação a abril. A pesquisa foi ´feita para verificar se as indústrias farmacêuticas estão repassando a redução da carga tributária do PIS e Cofins promovida pelo governo para o preço dos medicamentos. A pesquisa foi feita com base na publicação de maio da revista Revista ABCFarma - principal publicação da indústria farmacêutica para nortear os preços dos medicamentos, distribuída para todas as farmácias do País - e observou cerca de 6 mil medicamentos, tendo detectado reajuste de preços em 137 itens. Desse total, sete itens tiveram reajustes acima do limite de 5,94% permitido pelo governo até 15 de janeiro. Depois dessa data, aumentos em medicamentos estão proibidos até 31 de dezembro de 2001. Os laboratórios Smith Beecham, Pasteur Mericux, Asta Médica, Aventis Pharma, Apsen e Knoll estão com preços acima do permitido. O maior reajuste foi verificado para o Fleborcortid, corticóide do Laboratório Aventis Pharma, que passou de R$ 212,52 em abril para R$ 533,86, com um reajuste de 154,29%. Outro reajuste significativo foi verificado no Tagamet, antiulceroso fabricado pelo laboratório Smith Beecham, que em abril custava R$ 11,61 e passou para R$ 23,85, com um reajuste de 105,43%. Entenda a redução de impostos Os remédios passíveis de redução de preço fazem parte do grupo que tem tarja preta (venda sob retenção de receita médica) ou vermelha (venda sob apresentação de receita médica). A lista foi definida pelo governo a partir das doenças que requerem tratamento continuado ou que têm custo alto para o consumidor. Para receber a compensação do PIS e da Cofins, os laboratórios não poderão estar em débito com a Receita Federal, o INSS e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Para receber a isenção, os laboratórios devem enviar pedidos de adesão ao governo.

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