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Medidas anticrise na China e Europa sustentam otimismo

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

Esperançosos com as iniciativas de governos de China e Europa para enfrentar a desaceleração global, os investidores dos mercados de ações seguiram na ponta compradora, fechando os olhos a uma bateria de dados desanimadores da economia dos Estados Unidos. Com isso, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo disparou 4,76 por cento, para 36.469 pontos. Em três sessões consecutivas de otimismo, o Ibovespa acumulou ganho de 16,7 por cento. O movimento foi lastreado por um giro financeiro de 4,5 bilhões de reais na sessão, um dos maiores do mês. Atividade manufatureira, renda e gastos dos consumidores em níveis recorde de baixa nos Estados Unidos não foram suficientes para tirar o ímpeto comprador do mercado, mesmo sendo véspera do feriado norte-americano do Dia de Ação de Graças, que fecha as bolsas de Wall Street na quinta-feira. "O investidor parece que preferiu olhar para a frente, otimista com o pacote econômica da Europa e o corte de juro na China", disse Rodrigo Bresser Pereira, diretor da Bresser Gestão de Recursos. A China promoveu nesta quarta-feira o maior corte de juro dos últimos 11 anos, enquanto a União Européia delineou um plano de estímulo no valor de 200 bilhões de euros, à medida que bancos centrais e governos tentam tirar o mundo da desaceleração. Essas notícias também deram suporte à recuperação dos preços de commodities e dos papéis de instituições financeiras, movimento integralmente refletido na Bovespa. Banco do Brasil liderou o seu setor, saltando 9,4 por cento, para 14,09 reais. Na trilha da disparada de mais de 6 por cento na cotação do barril de petróleo, Petrobras cresceu 6 por cento, para 20,52 reais. Dentre as companhias ligadas a metais Gerdau foi a grande estrela, crescendo 12,3 por cento, valendo 14,48 reais. Rumores de consolidação envolvendo companhias domésticas ajudaram a abrilhantar a sessão. A principal delas foi TIM Participações, com um salto de 18,4 por cento, a 7 reais, depois de o jornal italiano "Il Sole 24 Ore" veicular que a Telecom Itália está negociando a venda das operações no Brasil para a espanhola Telefónica, dona da Vivo. Outro rumor envolvendo a possível venda da Sadia para a Nestlé, alavancou as ações da companhia brasileira, movimento que perdeu força depois que esta negou os boatos. No final, a ação subiu apenas 0,3 por cento, a 3,36 reais. (Edição de vanessa Stelzer)

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