O anúncio do pacote fiscal do governo com medidas para combater a rigidez do Orçamento "confirma o compromisso do Brasil de atingir a meta do superávit primário de 0,7% do PIB para o próximo ano, apesar da complicada dinâmica política e recessão econômica", apontou Mauro Leos, analista sênior da agência internacional, em nota distribuída à imprensa.
Pela classificação da Moody's, a economia brasileira ainda é considerada grau de investimento. "Do ponto de vista daMoody's, a proposta representa uma abordagem mais balanceada que a anterior, que consistia em sua maioria em medidas na área de receitas. Esta proposta enfrenta o persistente aumento de despesas por anos", destacou Leos.
O executivo da Moody's ressaltou que o Brasil voltou a renovar a atenção na gestão das contas públicas, mas ainda é "modesta" a meta de primário de 0,7% do PIB para 2016. "Enquanto o plano é positivo, pois sinaliza que o Brasil renovou o foco em questões fiscais, a meta do primário é modesta e consistente com nossa visão de que a proporção da dívida (ante o PIB) continuará a subir em 2015-2016."
Segundo Leos, "o objetivo deste novo pacote fiscal é manter a sustentabilidade fiscal à luz de indicações de que o governo não terá condições de entregar um superávit primário em 2016." Para ele, esta é "uma tentativa do governo para demonstrar que está no controle e agindo de forma proativa para enfrentar a situação fiscal.