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Medo do desemprego diminui em dezembro, diz CNI

Índice de Medo do Desemprego, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria, caiu 1,1% em dezembro na comparação com setembro

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Por Luci Ribeiro (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O ritmo lento da economia não está afetando o otimismo do brasileiro quanto à manutenção do emprego. O Índice de Medo do Desemprego (IMD), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quarta-feira, caiu 1,1% em dezembro na comparação com setembro, passando de 75,3 pontos para 74,5 pontos. Em relação a dezembro de 2011, o indicador registrou queda de 2,6%.

O gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, explica que o fraco desempenho da atividade econômica tem influenciado principalmente as indústrias, mas sem comprometer os postos de trabalho. "A economia, que se comporta melhor do que no primeiro semestre, está desacelerada, mas isso não está afetando a população", diz Fonseca. Segundo o estudo, a redução no medo do desemprego não foi comum a todas as regiões do País. O IMD recuou nas regiões Norte/Centro-Oeste e Sul e aumentou no Nordeste e Sudeste. O medo de perder o emprego se mantém menor no Sudeste, que registrou índice de 72,2 pontos. O IMD faz parte do estudo Termômetros da Sociedade Brasileira, elaborado pela CNI e pelo Ibope Inteligência. O estudo é trimestral e também traz outro indicador, o Índice de Satisfação com a Vida (ISV). De acordo com a CNI, apesar do menor receio sobre a manutenção do emprego, o ISV recuou 0,7% em dezembro em relação a setembro, atingindo 105,3 pontos, mesmo resultado de dezembro de 2011. O ISV teve a maior queda no Sul, no Norte e no Centro-Oeste, mantendo-se estável no Sudeste e registrando pequeno aumento no Nordeste, de 104,4 pontos em setembro para 105 pontos em dezembro. Fonseca explica que no médio prazo não há necessariamente ligação entre os dois indicadores. "Um índice não é o espelho do outro, o que pode ocorrer apenas no longo prazo. A pessoa pode não ter receio de perder o emprego e estar insatisfeita com o salário, por exemplo", diz. A pesquisa 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 6 e 9 de dezembro.

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