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Meirelles afirma que 'quanto mais atrasar a reforma, mais difícil fica lá na frente'

O ministro da Fazenda disse ainda que a pauta é uma necessidade, não uma escolha, e será feita em algum momento

Por Caio Rinaldi , André Ítalo Rocha , Marcelo Osakabe e Letícia Fucuchima
Atualização:

SÃO PAULO - O melhor momento para a aprovação da reforma da Previdência é "agora", afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "Achamos que o melhor momento para [votar] a reforma é agora", disse o ministro a jornalistas na noite desta segunda-feira, 11, após participar de premiação do LIDE no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. O ministro explicou que a tendência é a aprovação da proposta ficar mais complicada com o passar do tempo. "Quanto mais atrasar, mais difícil fica lá na frente."

Henrique Meirelles afirma que 'o melhor momento para votar a reforma é agora'. Foto: Alex Silva/Estadão

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Meirelles reconheceu que, caso o governo não consiga angariar os 308 votos necessários à aprovação da proposta de emenda constitucional que reformula as regras previdenciárias em 2017, ela poderá acontecer no futuro. "Se a reforma não for feita agora, será feita em algum momento", reforçou, apontando que a pauta "não é uma escolha, e sim uma necessidade".

Em comentário sobre o Placar da Previdência elaborado pelo Grupo Estado, que apontava 64 parlamentares a favor da proposta - muito abaixo do número anunciado por membros do governo -, o ministro ponderou que nem todos os deputados "necessariamente antecipam o voto".

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Candidatura. Meirelles negou que esteja condicionando uma possível candidatura à Presidência da República à aprovação da reforma da Previdência. "Não estou condicionando a candidatura a questões específicas", disse o ministro, ao sair do evento.

O ministro reconheceu, no entanto, que o desempenho da economia será um elemento importante para a sua decisão, entre "uma série de fatores". O ministro tem dito em discursos e em entrevistas que o crescimento sustentável da economia depende da aprovação da reforma da Previdência.

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Meirelles também tem afirmado que vai decidir sobre uma possível candidatura no fim do primeiro trimestre do ano que vem. Os ministros que pretendem se candidatar a algum cargo têm até o dia 5 de abril para deixar o governo.

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