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Meirelles afirma que, sem reformas, Brasil voltará para recessão

O ministro da Fazenda afirmou que uma eventual privatização da Petrobrás é uma discussão mais política do que técnica

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

RECIFE- O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira, 28, que o Brasil espera pelas reformas e que, se elas não ocorrerem, a economia voltará para a recessão. Meirelles concedeu rápida entrevista após ter participado de almoço promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) Pernambuco, no Recife.

Meirelles foi perguntado sobre vários temas durante o almoço. Sobre o que acha do imposto único, o ministro disse se tratar de uma boa ideia e que já está sendo discutida dentro da proposta de reforma tributária apresentada pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). 

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que, sem reformas, País voltará para recessão Foto: André Dusek/Estadão

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O ministro ponderou que a criação de um imposto único passa por uma série de discussões e alterações de outros impostos estaduais e federais que torna a questão mais política do que meramente técnica. A mesma explicação ele deu ao ser perguntado como via uma eventual privatização da Petrobras. + Governo não tem dinheiro para reassumir rodovias, diz ministro dos Transportes

"Todos sabem que sempre fui favorável às privatizações, mas há que se discutir. Nada que é feito muito rápido é bom", disse Meirelles. Ele lembrou de uma venda de imóveis do governo que acabou ocorrendo a preços muito baixos. Para ele, uma eventual privatização de uma empresa como a Petrobras também é uma discussão mais política do que técnica.+ Guardia é favorito para substituir Meirelles no Ministério da Fazenda

O que está no foco agora, disse o ministro, é a privatização da Eletrobras. De acordo com o ministro, essa privatização vai trazer investimentos para o setor. "Queremos fazer da Eletrobras o que foi feito com a Telebrás", disse, lembrando que antes da privatização da Telebrás uma linha de telefone custava uma fortuna e que pouca gente tinha acesso. "As linhas eram caras porque não havia investimentos", disse.

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